*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Thursday, October 26, 2006

Novos distúrbios em Paris.:)o governo diz que não vai tolerar,bem acho que a juventude de paris ja não tolera o governo a muito tempo....




Os confrontos das últimas duas madrugadas ocorrem depois de apenas sete meses da onda de violência que se alastrou pelos subúrbios de todo o país e exatamente na mesma região onde tudo começou: o distrito da Seine-Saint-Denis, nos arredores da capital.






Paris - Cronologia dos motins
Primeira Semana. Quinta, 27-10. Clichy: um grupo de dez jovens, na sua maioria estudantes liceais, voltavam de um jogo de futebol quando apareceu a polícia para os identificar. Os rapazes fugiram, iniciando-se uma perseguição pessoal. Três dos rapazes meteram-se por um beco sem saida, treparam para dentro de uma subestação eléctrica e foram electrocutados. Ziad Benn (17 anos) e Bounna Taróré (15 anos), ambos nascidos em frança e alunos do liceu nº 3, morreram. Metin (23), imigrante em processo de regularização, ficou com queimaduras graves. O advogado da familia das vítimas (apresentou) meteu uma queixa contra a polícia por omissão de auxilio. Os que foram presos foram libertados sem acusações uma hora após a sua detenção. Os primeiros distúrbios começaram no mesmo dia ao anoitecer, após as mortes de Zyad e Bounna, que foi testemunhada por, pelo menos, um dos seus amigos. Queimam-se 15 carros e são saqueados e destruídos espaços comerciais. Os confrontos com a polícia acabam com 27 detidos, 23 polícias e um jornalista feridos, ignorando-se o número de manifestantes feridos. A polícia faz pelo menos um disparo e utiliza gás lacrimógeneo. Sexta, 28-10. Agravam-se os distúrbios, ocorrendo nas grandes avenidas que ladeia a barragem Chêne Pointou. Armas de fogo são disparadas contra os carros dos Gendarmes e da CRS. Ardem carros dos correios, 30 veículos privados, caixotes de lixo, contentores, um camião dos bombeiros é apedrejado, paragens de autocarro são destruídas e há um início de incêndio num colégio. Sábado, 29-10. Pela manhã, cerca de 1000 pessoas participam numa marcha silenciosa e pacífica em Clichy, em memória de Zyad e Bounna. Ás 18h30, hora do fim de jejum do ramadão, quando as pessoas estão a comer ou se reúnem nas mesquitas para a Noite do Destino, a mais sagrada do mês do Ramadão, em que geralmente se passa toda a noite na mesquita, as ruas vazias da Citê de Chêne Pointou enchem-se com cerca de 400 CRS e gendarmes. A polícia começa a provocar as pessoas um pouco por todo o lado, gritando insultos racistas aos vizinhos. Ao fim de uma hora aparecem alguns jovens para fazer frente à policia. Domingo, 30-10. Às 20:45 a polícia lança, pelo, menos uma granada de gás lacrimógeneo contra a mesquita Bilal de Bosquets, em Clichy. A mesquita está cheia de fiéis em plena oração. Várias mulheres que estão na sala de reza, reservada a elas, quase desmaiam. Quando saem para a rua são insultadas pela policia que as chama �putas sujas�. Nessa mesma noite um comunicado da polícia nega ter lançado granadas contra a mesquita, afirmando que o modelo de granada é diferente do usado pela policia. Segunda, 31-10. Saí pela manhã um novo comunicado da camara de Bobigny, uma nova versão oficial do ataque à mesquita: afinal a granada de gás lacrimogéneo é do mesmo tipo que as usadas pela polícia, mas não foi nenhum polícia a lançár-la para dentro da mesquita. À noite os distúrbios estendem-se por toda a região de Seine-Sant-Denis. Em Montfermeil arde a garagem da polícia municipal. O porta-voz de um dos sindicatos da polícia descreve a intensidade e o alcance da insurreição como uma �guerra civil�, pedindo a intervenção de exército. Terça, 1-11. Os distúrbios estendem-se por outros nove suburbios. São queimados 69 carros. Em Sevram os jovens incendeiam duas aulas de uma escola primária e três policias sofrem lesões leves. Em Aulnoi-sous-Bois lançam-se cocktails molotovs contra o edificio da camara e pedras contra o quartel de bombeiros. Confrontos com gendarmes e CRS. Quarta, 2-11. 315 carros queimados. Duas escolas primárias, uma estação dos correios e um centro comercial são danificados, um concessionário de automóveis destruído. Grupos diferentes em lugares diferentes apedrejam carrinhas e carros da polícia. Numa deslocação dos distúrbios para o oeste é atacada uma esquadra com cocktails molotovs. 49 pessoas são detidas pela policia. Segunda Semana. Quinta, 3-11. O fogo da insurreição estende-se por toda a frança: agora, para além de paris, os distúrbios chega a Dijon, Bouches-Du-Rhone e Rouen. 500 carros queimados. Cerca de cem bombeiros tentam apagar um incêndio numa fábrica de ?alfombras?. 27 autocarros são pasto para as chamas. Quebram-se as janelas de diversos automóveis perto da estação de metro de La Chappelle. Os trabalhadores das linhas suburbanas da RER começam uma greve e o tráfego é interrompido na linha B que une Paris com o Aeroporto Charles de Gaulle. Os manifestantes atacam a estação de Le Blanc-Mesnill, obrigam ao condutor do comboio a abandoná-lo e partem todas as janelas. Sexta, 4-11. A insurreição chega a Lille e a Toulouse. 900 veiculos calcinados. Um cocktail molotov é lançado contra uma sinagoga. Sábado, 5-11. Pega-se fogo a 1295 carros. Os distúrbios estão já espalhados por 211 munícipios de uma dezena de departamentos provinciais; desde a fronteira norte e atlântico até ao mediterrâneo. Os distúrbios chegam a Nantes e Niza. Em Griqny incendeiam-se duas escolas. Em Torcy, perto da eurodisney, pega-se fogo a uma esquadra e a um centro de juventude. Na cidade de Evreux, na normandia incendeiam-se duas escolas, uma estação de correios e um centro comercial. Na mesma cidade os manifestantes, armados com paus e tacos de baseball, ferem 4 polícias. Pela primeira vez são queimados carros no centro de Paris, quatro deles na histórica Praça da Republica. Um tribunal de primeira instância perto de Paris é arrasado pelas chamas. 7 helicópteros apoiam a policia, 349 pessoas são detidas. Segundo o El Pais de segunda ,dia 7, na noite de sábado para domingo "o fogo destruiu um número inderteminado de esquadras, escolas, liceus, ginásios, bibliotecas, agências bancárias, supermercados, cabeleireiros e autocarros". Domingo, 6-11. Durante o dia é atacada em Lille uma equipa do canal de noticias belga RTBF, ferindo um operador de câmara; em Aubervilles é espancado uma jornalista coreana da rede KBS. À noite em Grigny os insurrectos disparam contra a policia com pistolas e espingardas e alto calibre, ferindo 34, 3 com gravidade. Igrejas católicas são atacadas com cocktails molotovs em Liévin, Lens e Séte. 1408 veiculos são pasto das chamas, 982 deles fora de paris. É incendiado um autocarro turístico polaco. Em Toulouse lançam um carro em chamas pelas escadas da boca de metro de Reynerie. 395 pessoas são detidas. Os distúrbios saltam a fronteira para visitar a Bélgica. Em Saint-Gillis, Bruxelas, incendiam-se 5 automóveis. Segunda, 7-11. Morre um idoso de 61 anos após ser espancado por ter discutido com vários jovens que tinham queimado um contentor no suburbio de Stains. O canal de televisão France 3 decide deixar de publicar os números de veiculos incendiados. De Villepin anuncia no canal de televisão TF1 a disponibilização de 8000 polícias, a que se somará uma reserva de 1500. Três bloggers franceses são detidos por incentivar a insurreição. A união de organizações islâmicas francesas publica uma fatwa condenando a violência. O presidente da camara de Le Raincy, onde só tinham ardido 6 carros, declara o recolher obrigatório. Distúrbios em 274 municipios franceses. 1300 edificios calcinados. Em Toulouse, um jovem perde uma mão ao estalar uma granada de gás lacrimogéneo lançada pela policia. Em Pau arde o liceu Saint-John Perse. Ardem também 2 escolas em Vallencienes e um ginásio em Villepientes. Vários polícias espancam brutalmente um jovem. 186 detidos. 36 policias feridos, dois deles por balas de pressão de ar. alemanha: 5 carros ardem em Berlim e 3 em Bremen. bélgica: distúrbios em bruxelas. Terça, 8-11. O presidente Jacques Chirac declara o estado de emergência e a reactivação de uma lei de 1955, usada para reprimir revoltas anticoloniais pela primeira posta em prática em solo francês, que permitia ao poder local impôr o recolher obrigatório por periodos de 12 dias. As pessoas que violem o recolher obrigatório poderão ser detidas até dois meses e sujeitas a 3750 euros de multa. Sarkozy anuncia que as famílias dos detidos deixarão de receber assistência social. Recolheres obrigatórios em Orleans e Amiens. 1500 gendarmes e CRS somam-se aos que já estão no terreno. Distúrbios em 116 municipios, 617 veiculos incendiados. É atacada uma igreja protestante em Meulan. Encerramento dos transportes públicos em Lyon, depois de a estação de comboios ter sido incendiada com vários cocktails molotovs. 280 pessoas são detidas. 12 policias feridos. estado espanhol � Um vereador do PP da camara municipal de Sevilha pede "medidas policiais drásticas para acabar com a queima de carros e contentores que sucederam nos últimos dias". Nessa mesma noite ardem três lojas em Leganés e Vallecas, bairros de Madrid, em Hospitalet de Llobregat, Barcelona. Em Las Palmas um carro e dois contentores são pasto para as chamas. A televisão, as rádios e os jornais do estado espanhol recebe instruções da parte do ministério do interior de não "alarmar a população nem provocar um desastre". A censura está servida. bélgica: 17 veiculos incendiados e 7 detidos. Quarta, 9-11. Sarkozy ordena a expulsão de todos os estrangeiros, incluindo aqueles com a autorização de residência, que sejam condenados por participar nos distúrbios. O euro cai no seu nivel mais baixo face ao dólar, dos últimos 2 anos. Os empresários e comerciantes franceses exprimem a sua preocupação. É imposto o recolher obrigatório em 38 áreas, incluindo Paris, Marseille, Niza, Cannes, Strasburgo, Lyon e Toulouse. Em Arras ateia-se fogo a 2 grandes superfícies de móveis, a uma empresa e a uma sala de festas. 482 veiculos carbonizados. 203 pessoas detidas. 1 polícia ferido, com uma fractura numa perna. Soma-se a baixa número 108 entre as forças de ordem. bélgica: ardem pelo menos 15 veiculos: 10 em bruxelas, outros em Amberes, Lokeren, Malinas e Ledeberg. Terceira Semana. Quinta, 10-11. Uma emissora local emite um vídeo que recolhe o momento em que quatro polícias golpeam a cabeça a um jovem de 19 anos durante os distúrbios em Cournerve, Seine-Sant-Denis. 7 populações dos Alpes-Maritimos passam também a impor o recolher obrigatório. São incendiados 463 carros. 201 pessoas são detidas. alemanha: são queimados pelo menos dez carros e uma motocicleta em Berlim e Colónia. Em Altenburgo são lançados três cocktails molotovs contra uma escola. Sexta, 11-11. Seis agentes que lincharam um jovem a 7 Novembro, bem como outros dois que foram visto na televisão no dia anterior a espancar um rapaz são detidos preventivamente. É atacada uma mesquita com cocktails molotovs. 502 veiculos incendiados no estado francês. 206 pessoas detidas. Sábado 12-11. Em Paris é imposta uma ordem de proibição de manifestações com a duração de 22 horas. Cerca de 3000 agentes controlam a metrópole, 12000 o resto de frança. Apesar da proibição, cerca de 1500 pessoas manifestam-se á tarde na praça St. Michel, quartier Latin, contra o recolher obrigatório e a expulsão dos imigrantes detidos nos motins. Á noite, nos súburbios de Paris, é atirada uma bola de metal desde um edificio habitacional ferindo um polícia. Em Lyon, onde numerosos escaparates de multinacionais são destroçados, são detidas 10 pessoas. Em Carpentras arde uma mesquita e uma escola. Em Saint Quentin um cocktail molotov explode na cara de um policia que fica ferido com gravidade. Mais de 500 veiculos são incendiados em todas a frança. 212 pessoas são detidas, uma delas tem apenas dez anos de idade. Resto da europa: Em Barcelona as forças policias dissolvem uma concentração-protesto em frente ao consulado francês, detendo 5 pessoas. No centro de Madrid, queimam-se caixotes do lixo; em Vallecas, bancos. Em toda Madrid, ardem pelo menos 7 carros. Em bruxelas incendeiam-se 15 veiculos Na holanda ardem dois carros em Rotterdam. Em Atenas, dois concesseonários da Citroen e mercedes Benz são pasto para as chamas. Com cerca de 20 automóveis ardidos. Domingo, 13-11. 285 veiculos carbonizados. 115 detidos. Cinco policias feridos. Em Lyon, terceira cidade do pais, os motins chegam ao centro da cidade. É lançado um cocktail contra a mesquita, com danos apenas superficiais. Escolas atacadas em Strasbroug, Carpentras e Toulouse. Resto da europa: Distúrbios na holanda, bélgica e grécia. Na holanda ardem pelos menos dois carros na cidade de Rotterdam, onde a policia está massivamente nas ruas. Na bélgica incendeiam-se 27 veiculos. Distúrbios em Bruxelas, Liége. Charleroi, Louvan-La-Neuve, Binche, Colfointanelos e Mouscron. Em Liége, um menor de idade que participava nos motins sofre queimaduras graves. 50 pessoas detidas. Em atenas são atacados vários estabelecimentos de vinculação francesa. Segunda, 14-11: o governo francês prorroga por 3 meses o estado de emergência. 215 carros em chamas. Terça, 15-11. Um parlamentar do partido conservador governante anuncia uma reforma da lei de imigração, com o objectivo de restringir a reunificação familiar (não conceder autorizações de residência a imigrantes só por terem familia em frança) e de endurecer a luta contra as pessoas que estão no pais enquanto "ilegais". Dois focos de incêndio destroiem a igreja de Saint Jean D'ars, em Dromê. 164 veiculos carbonizados. Miércoles, 16-11. Bernard Accoyer, chefe do grupo parlamentar do partido governante, UMP, e Gerard Larcher, ministro do emprego, em diversas declarações a diferentes meios, afirmam que a poligamia será sem dúvida uma das origens de todas esta violência. Sarkozy, ao ser questionado a tal respeito, responde que se está a ultimar a expulsão de 10 imigrantes condenados pelos motins. O número em pálido em relação aos 2000 franceses detidos. Não era esta uma revolta de imigrantes?

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