Com Chávez, Lula defende integração mais ousada para a região.
Na solenidade de inauguração da segunda ponte sobre o Rio Orinoco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta segunda-feira, um discurso duro, no qual criticou as elites políticas, os banqueiros e a imprensa brasileira. Falando para milhares de correligionários do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Lula afirmou que os dois são vítimas de preconceito, mas que a mesma sensibilidade que teve o povo brasileiro para reelegê-lo irá, também, refletir-se no eleitorado de Chávez para consolidar sua reeleição na Venezuela.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira que em seu próximo mandato vai trabalhar com muito ''mais força'' e com muito ''mais ousadia'' para consolidar a integração dos países da América Latina, segundo informa a Agência Brasil.
Ao participar do ato de inauguração da segunda Ponte sobre o Rio Orinoco, na cidade de Guayana,(Venezuela), Lula afirmou: ''Todos nós presidentes dos países da América do Sul e da América Latina precisamos trabalhar a integração como jamais trabalhamos. Temos que fazer uma interligação entre nossas estradas, temos de construir as ferrovias que precisam ser construídas, as empresas de petróleo de nossos países precisam trabalhar juntas, o Brasil precisa da Venezuela e a Venezuela precisa do Brasil''.
Em sua primeira viagem internacional após a reeleição, Lula também comentou a eleição na Venezuela, marcada para o dia 3 de dezembro. Assim como seu colega brasileiro, o venezuelano Hugo Chávez tenta a reeleição. A diferença é que na Venezuela o mandato presidencial é de seis anos.
''Sei que aqui, como no Brasil, somos vítimas de pessoas que governaram o país durante séculos e séculos, e não aceitam que alguém que queira cuidar do povo e seja diferente governe'', discursou Lula. ''Para muita gente, pobre é apenas um número estatístico. Para nós, não, é um ser humano.''
Lula disse acreditar que, apesar dos interesses em contrário das elites locais, o ''mesmo povo'' que lhe elegeu e que elegeu o presidente Nestor Kirchner na Argentina e Evo Morales na Bolívia, vai reeleger Chávez. ''Eu não tenho dúvida que aqui na Venezuela havia muitos e muitos anos que não tinha um governo que se preocupasse com a gente pobre como tu tem te preocupado'', disse Lula.
Sobre a relação entre os dois presidentes, Lula deixou um recado a Chávez. ''Não se incomode. De vez em quando tentam fazer intrigas entre nós, tentam criar divergências entre nós. Mas eu aprendi desde pequeno a conhecer as pessoas boas não apenas pelas palavras, mas pelos olhos e pelo coração, e eu acho que você, Chávez, demonstrou ao povo da Venezuela de que é possível crescer economicamente fazendo justiça social, de que é possível desenvolver a economia de forma justa para que todos participem dela'', finalizou.
Grande obra
A segunda ponte sobre o Rio Orinoco, construída pela empreiteira brasileira Odebrecht com recursos do BNDES, vai integrar o corredor de transportes que facilitará o acesso às regiões central e oriental da Venezuela e ligará as cidades de Boa Vista, em Roraima, e Manaus, no Amazonas, com o mar do Caribe. A ponte é considerada a principal obra de infra-estrutura em construção atualmente na América Latina.
Com a obra, há a expectativa de expansão do comércio bilateral entre Brasil e Venezuela, que ultrapassou US$ 3 bilhões de janeiro a setembro deste ano. Ao falar à imprensa, Lula justificou a continuidade da obra no período eleitoral venezuelano. ''Não posso parar a administração do Estado por causa de uma campanha. Estou muito feliz. Vai permitir que nós aqui da América do Sul acompanhemos os europeus. A integração, a exemplo da União Européia.''
Ao participar do ato de inauguração da segunda Ponte sobre o Rio Orinoco, na cidade de Guayana,(Venezuela), Lula afirmou: ''Todos nós presidentes dos países da América do Sul e da América Latina precisamos trabalhar a integração como jamais trabalhamos. Temos que fazer uma interligação entre nossas estradas, temos de construir as ferrovias que precisam ser construídas, as empresas de petróleo de nossos países precisam trabalhar juntas, o Brasil precisa da Venezuela e a Venezuela precisa do Brasil''.
Em sua primeira viagem internacional após a reeleição, Lula também comentou a eleição na Venezuela, marcada para o dia 3 de dezembro. Assim como seu colega brasileiro, o venezuelano Hugo Chávez tenta a reeleição. A diferença é que na Venezuela o mandato presidencial é de seis anos.
''Sei que aqui, como no Brasil, somos vítimas de pessoas que governaram o país durante séculos e séculos, e não aceitam que alguém que queira cuidar do povo e seja diferente governe'', discursou Lula. ''Para muita gente, pobre é apenas um número estatístico. Para nós, não, é um ser humano.''
Lula disse acreditar que, apesar dos interesses em contrário das elites locais, o ''mesmo povo'' que lhe elegeu e que elegeu o presidente Nestor Kirchner na Argentina e Evo Morales na Bolívia, vai reeleger Chávez. ''Eu não tenho dúvida que aqui na Venezuela havia muitos e muitos anos que não tinha um governo que se preocupasse com a gente pobre como tu tem te preocupado'', disse Lula.
Sobre a relação entre os dois presidentes, Lula deixou um recado a Chávez. ''Não se incomode. De vez em quando tentam fazer intrigas entre nós, tentam criar divergências entre nós. Mas eu aprendi desde pequeno a conhecer as pessoas boas não apenas pelas palavras, mas pelos olhos e pelo coração, e eu acho que você, Chávez, demonstrou ao povo da Venezuela de que é possível crescer economicamente fazendo justiça social, de que é possível desenvolver a economia de forma justa para que todos participem dela'', finalizou.
Grande obra
A segunda ponte sobre o Rio Orinoco, construída pela empreiteira brasileira Odebrecht com recursos do BNDES, vai integrar o corredor de transportes que facilitará o acesso às regiões central e oriental da Venezuela e ligará as cidades de Boa Vista, em Roraima, e Manaus, no Amazonas, com o mar do Caribe. A ponte é considerada a principal obra de infra-estrutura em construção atualmente na América Latina.
Com a obra, há a expectativa de expansão do comércio bilateral entre Brasil e Venezuela, que ultrapassou US$ 3 bilhões de janeiro a setembro deste ano. Ao falar à imprensa, Lula justificou a continuidade da obra no período eleitoral venezuelano. ''Não posso parar a administração do Estado por causa de uma campanha. Estou muito feliz. Vai permitir que nós aqui da América do Sul acompanhemos os europeus. A integração, a exemplo da União Européia.''
0 Comments:
Post a Comment
<< Home