Zapatistas fecham ponte que liga México aos EUA
Subcomandante Marcos lidera bloquieo de ponte que une Ciudad Juárez (México) a El Paso (Texas, EUA), em apoio ao movimento popular de Oaxaca.
agencia Ansa CIDADE DO MÉXICO - O subcomandante Marcos, líder do movimento zapatista do México, comandou hoje o bloqueio de 30 minutos da ponte internacional que une Ciudad Juárez (México) com El Paso (Texas, EUA), em apoio ao movimento popular de Oaxaca. A ação, segundo o líder do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), também foi em apoio aos "trabalhadores explorados e humilhados deste e do outro lado da fronteira". Exatamente sobre a linha divisória do México com os Estados Unidos, cerca de 500 pessoas de ambos os países se encontraram para apoiar esta ação. Deste encontro participaram entidades civis do México e dos Estados Unidos, como a Border Witness Delegation e um grupo de agricultores da cidade de El Paso, assim como organizações chicanas (norte-americanos de origem mexicana). Marcos manifestou o seu repúdio ao governador de Oaxaca, Ulises Ruiz, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), e ao muro "abominável que divide os dois países"."Querem criar uma fronteira inexistente, assim como também o rio, na prática, não divide os dois povos", afirmou. O ato foi vigiado por numerosos agentes policiais de ambos os lados, particularmente um helicóptero da polícia de aduana dos EUA que "mais que vigiar, provocou, voando a baixa altitude", relatou o jornal La Jornada. Depois do fim da ação, um grupo autônomo ergueu uma barricada simbólica em homenagem às barricadas da Assembléia Popular do Povo de Oaxaca, a província do sul do México onde entidades sociais locais exigem a renúncia do governador. O subcomandante Marcos está em Ciudad Juárez como parte do programa de ação da " Outra Campanha" que iniciou por todo o país em janeiro e que visa unificar os grupos de esquerda. Enquanto isso o Exército Popular Revolucionário (EPR) disse que o movimento de resistência civil em Oaxaca representa "uma escola revolucionária para o movimento popular na sua luta para combater a imposição governamental". "As barricadas em nossas colônias e bairros são sinônimo de resistência civil mas também de grande aprendizagem histórica para os tempos vindouros e uma grande escola revolucionária onde a resistência aos opressores demonstra a atitude valorosa de mulheres e homens livres", disse o grupo guerrilheiro em um comunicado. O EPR considerou que a intervenção das tropas federais em Oaxaca "não foi uma derrota para o movimento popular. Ao contrário, fortaleceu as convicções e os desejos de continuar na luta".
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