marcha em seattle pela liberdade de Leonard Peltier.
Posição de Leornard Peltier em relacão a ALCA
Leonard Peltier, um cidadão das Nações Anishinabe e Lakota, é um pai, avô, artista, escritor e ativista dos direitos Indígenas norte-americanos. Ele passou os últimos 25 anos na cadeia por um crime que não cometeu. A Anistia Internacional considerá ele uma "prisioneiro político" que deveria ser "imediatamente e incondicionalmente libertado".
Caros irmãos, irmãs e amigos,Eu conheço muitos de vocês que já estão familiarizados com a ALCA, o NAFTA, a OMC, o FMI e o Banco Mundial. Eu sei que muitos de vocês estão trabalhando duro para expor a verdadeira natureza dessas Organizações e Tratados, e como eles violam direitos humanos, direitos trabalhistas, direitos indígenas, protecões ambientais e direitos de soberania em cada lugar que eles colocam os pés. Consequentemente, o que eu gostaria de abordar é o cenário mais amplo – as verdadeiras raízes da ALCA e modos para obstruí-las.
Onde a ALCA se iniciou? Não em uma sala de conferência nem em um escritório. A ALCA é a continuação do imperialismo que começou milhares de anos atrás na Europa com a dominação de povos indígenas que a terra cutlivada para a subsistência e o modo de vida foram tomados a força para que gananciosos feudalistas pudessem reinar. Desde então, povos indígenas tem sido forçados a se submeterem, a se obliterarem, em nome da civilizacão e do progresso por todo o Globo. Aqui estamos nós no Século 21, e o mundo está muito longe de ter sido beneficiado. Eu não preciso falar sobre a devastação da Terra, avanço da pobreza, e das guerras que resultam de práticas que colocam o lucro antes da própria sobrevivência da Mãe Terra e da raça humana.
Aqueles que defendem a ALCA não ousam se referir as suas políticas como formas de colonização e feudalismo por que essas práticas são agora amplamente condenadas. Ao invés disso, eles justificam as suas ações em nome do "desenvolvimento" dos países pobres da América central e do sul. Desenvolvimento? A primeira coisa que os povos das Américas necessitam é "recuperacão" não desenvolvimento. Recuperacão da mesma colonizacão, dominação, e genocídio que corporacões multinacionais querem, hoje em dia, perepetuar para ganho próprio.
Agora nós devemos continuar, não apenas a condenar as práticas dessas organizações e políticas comerciais, mas também a implementar e dar apoio a meios de auto-suficiência, tanto nas nossa comunidades quanto no exterior. Nós temos que apoiar mvoimentos indígenas como os zapatistas e os uwa que estão lutando para manter a sua terra e o seu auto-suficiênte modo de vida. Nós temos que apoiar os pequenos agricultores e os trabalhadores rurais que fornecem comida sadia para as suas comunidades. Nós temos que criar e dar apoio a projetos inovadores em reservas indígenas, dentro das cidades e nos países de terceiro mundo, projetos que promovam a auto-suficiência e melhores condições de vida.
Mas ao fazer isso, nós temos que nos unir além das fronteiras de raça, classe, credo e idade que muito frequetemente nos dividem. Se nós não unirmos, eles irão nos derrotar um a um, do mesmo jeito que eles destruiram o Movimento Indígena Americano que lutou tão duro pela soberania indígena, os Panteras Negras, que desenvolveram programas comunitários tão necessários e que lutaram por auto-determinação, os movimentos da América Central que viram a implementação escolas, programas sociais e reforma agrária, e os sindicatos, que lutavam por condições humanas de trabalho. Mais importante, nós precisamos derrubar as barreiras que nos dividem em nosssos próprios quintais.
Nós devemos desenvolver uma cultura que nos ensine, como os meus ancestrais fizeram, a pensar com cuidado sobre o impacto que nossas ações políticas terão sobre a MãeTerra, sobre cada um de nós, e sobre as futuras gerações antes que façamo qualquer coisa. Se nós fizermos isso, então com certeza nós venceremos.
Leonard Peltier
No espírito do Crazy Horse, Leornard Peltierwww.freepeltier.org
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