Grécia -Solidariedade Internacional: 2 Anarquistas em greve de fome

em 6 de Maio de 2006, desencadearam-se motins durante a manifestação do Fórum Social Europeu em Atenas. Por um período de 3 horas, ao longo de um percurso de 2 km, 2500 anarquistas em pequenos grupos de 400/500 pessoas, atacaram bancos, lojas de multinacionais, carros da polícia, edifícios governamentais, esquadras de polícia e de polícia anti-motim, autocarros e a divisão especial motorizada da polícia “Equipa Z”. Atacaram também a embaixada dos E.U.A, o hotel Hilton, a embaixada Italiana, e as brigadas anti-motim que guardavam o parlamento. Vinte pessoas foram presas, e enquanto 17 delas se encontram em liberdade com cargos a aguardar julgamento, 3 estão presas desde Maio de 2006. Tarasios Zadorozni, um desses 3, é um anarquista imigrante da Ucrânia que começou uma greve de fome em protesto contra a sua detenção a 29 de Novembro do ano passado, e consequentemente foi transferido para a prisão-hospital a 10 de Dezembro devido a problemas de saúde. Gerasimos Kyriakopoulos, o segundo prisioneiro, começou a sua greve a 15 de Dezembro, tendo sido transferido para o hospital a 18, devido a problemas graves nos rins. A luta pela libertação dos presos de 6 de Maio chega a um ponto crucial já que estes estão a entrar numa fase perigosa da Greve de Fome isolados no hospital. Da Grécia parte agora um apelo à Solidariedade Internacional.. Desde o primeiro dia da greve que têm surgido dezenas de acções solidárias por toda a Grécia, desde manifestações, à ocupação de estações de rádio, a ataques à polícia, explosões, e até uma enorme faixa exigindo a sua libertação atada a balões de hélio que foi lançada no ar entre milhares de espectadores, centenas de polícias, políticos, e estações de televisão que transmitiram em directo a acção, em plena contagem decrescente para a passagem de ano no centro de Atenas. Em Salónica (Thessaloniki), o menino Jesus foi raptado do presépio municipal, e no seu lugar foi deixado um CD com material de propaganda exigindo a libertação dos prisioneiros. Pelas palavras dos dois presos em greve de fome: “Quanto mais eles tentarem subjugar consciências, mais as consciências revoltar-se-ão. A paixão pela Liberdade é maior que qualquer cela.”