*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Tuesday, May 13, 2008

Opinião: Comparar Angela Merkel a Hitler é burrice 13/05/08

O pronunciamento do presidente venezuelano Hugo Chávez comparando a chanceler federal alemã Angela Merkel a Hitler não é somente uma falta de respeito, mas uma completa burrice, na opinião de Mirjam Gehrke.Hugo Chávez exagerou no tom e nada mais se deve deduzir além disso. Aproximar Angela Merkel de Hitler é uma falta de respeito e uma burrice. E é uma burrice de tal tamanho que a chanceler federal faz muito bem em não reagir ao ataque do presidente venezuelano. "As declarações do presidente Chávez falam por si mesmas", comentou Angela Merkel através do seu vice-porta-voz de governo, que também se referiu à entrevista de Angela Merkel que provocou furor naquele que se autodenomina revolucionário e combatente da causa latino-americana.

No contexto de sua primeira viagem à América Latina, dois anos após assumir a chefia do governo alemão, Angela Merkel afirmou que Chávez não fala pela América Latina e que cada país da região tem voz própria e se orienta por seus próprios interesses.Em princípio, Angela Merkel está também correta neste ponto e – sem querer – delineou o problema fundamental e a crítica situação das relações entre a União Européia e a América Latina.Oficialmente, a União Européia negocia somente com os blocos regionais da América Latina, como o Mercosul ou a Comunidade Andina. E as negociações emperram justamente porque os países da região põem, muitas vezes, seus interesses particulares à frente dos objetivos comuns – há anos que o tratado de livre comércio com o Mercosul está na gaveta.Apesar das declarações contrárias de políticos, o interesse da Europa pela América Latina começa a diminuir. Há muito que a economia alemã vem se direcionando aos crescentes mercados asiáticos. Somente o volume de exportações para a China supera em um terço o valor total das exportações para a América Latina. A África situa-se,
geograficamente, mais perto da Europa. Através dos refugiados, os problemas sociais do continente africano estão às portas do continente – desta forma, engajar-se contra a miséria ao sul do Saara é interesse dos próprios europeus.A América Latina é, mundialmente, o continente de maior desigualdade social. Os sistemas econômicos neoliberais, introduzidos na região pelas ditaduras militares apoiadas pelos EUA durante as décadas de 1970 e 1980, provocaram o empobrecimento de grande parte da população entre e o Rio Grande e a Terra do Fogo. O escorregão à esquerda dos últimos três anos não veio de graça.Isto ainda não provocou a diminuição da miséria, mas a população tem pelo menos o sentimento de que é regida por políticos que representam seus interesses e não os interesses de investidores estrangeiros.Se e de que forma alguém como Hugo Chávez pode se apresentar como advogado de outros países latino-americanos, depende de se conseguir uma resposta à questão social na região. A observação da chanceler federal Merkel de que a União Européia, como a maior doadora na ajuda ao desenvolvimento, seria responsável pela diminuição de desigualdades é, neste contexto, insatisfatória.Enquanto a UE não levar a sério a atitude crítica de países como Argentina, Bolívia e Equador em relação ao livre comércio e as organizações financeiras internacionais, o diálogo entre a Europa e a América Latina continuará sem resultados concretos.Tomara que a chanceler federal encontre tempo, durante o encontro de cúpula em Lima, para conversas com representantes destes países, pois suas conversas políticas posteriores com os governos conservadores da Colômbia e do México não deverão ser caracterizadas por discussões controversas.O fato de a viagem da chanceler federal à América Latina só ter chamado a atenção do grande público alemão após as desrespeitosas e burras declarações de Hugo Chávez é algo que fala, realmente, por si.

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