*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Thursday, November 08, 2007

A BBC dá uma grande reviravolta, ou,Como reescrever completamente a história, ainda antes da tinta secar 08/11/07 por William BOWLES



Pergunta: Quando é que um Plano não é um Plano?Resposta: Quando o Plano não é um Plano, Plano.A BBC está actualmente a emitir um programa em duas partes intitulado “No Plan, No Peace – the Inside Story of Iraq’s Descent into Chaos [Não Há Plano, Não Há Paz – A História Da Queda do Iraque no Caos]” (28 e 29 de Outubro na BBC1).Há muito tempo atrás, e entretanto várias vezes, eu afirmei que nunca esteve para haver um plano (pelo menos no sentido geralmente aceite da palavra), e de facto em 2003, o regime Bush declarou que derrubar Saddam nunca se relacionou com a “construção de um país”,“Para tornar claro que a operação militar dos EUA no Iraque, no pós-guerra, não é um exercício de construção de um país, a Administração Bush deve declarar que o exército dos EUA irá para o Iraque para segurar os interesses vitais dos EUA pelos quais a campanha foi lançada, logo de início. Especificamente, os objectivos desta guerra devem ser:Proteger a infraestrutura energética do Iraque contra sabotagens internas ou externas, fazer regressar o Iraque aos mercados de energia, e assegurar que os EUA e os mercados mundiais de energia tenham acesso aos seus recursos.” – In Post-War Iraq, Use Military Forces to Secure Vital U.S. Interests, Not for Nation-Building por Baker Spring e Jack Spencer. Backgrounder #1589, 25 de Setembro, 2002 www.heritage.org/Research/MiddleEast/bg1589.cfm (Ver também Independence Day por William Bowles • Domingo, 4 de Junho, 2006 www.williambowles.info/ini/2006/0606/ini-0419.html)Mas


só para o caso de pensarem que eu estou a ser muito selectivo nas citações, “Nós não estamos no Iraque para iniciar a construção de um país — a nossa missão é ajudar os iraquianos de forma que eles possam construir o seu próprio país.” — Donald H. Rumsfeld, Washington Post, 25 de Setembro de 2003.“A invasão norte-americana do Iraque não fez parte de uma esquema de construção de um país. Ironicamente, começando pela Primeira Guerra do Golfo e terminando com o afastamento de Saddam Hussein, as políticas dos EUA interromperam e eventualmente acabaram com um processo de construção de um país liderado por Saddam.” www.cato.org/dailys/06-20-04.html (Ver também ‘Fixing Fallujah – BBC Radio Orwell Reporting for Duty’, 6 de Novembro, 2004. www.williambowles.info/ini/ini-0284.html) Aí têm, sem nenhum plano, sem intenção de ter ou de implementar um plano, pelo menos da forma como entenderíamos o significado dessa palavra. O objectivo não podia ser mais claro: destruir a sociedade civil iraquiana, torná-lo num ‘estado falhado’, sem querer saber da chacina de centenas de milhares de pessoas ou da total aniquilação da economia mais desenvolvida do Médio Oriente, com o mais alto nível de vida, um sofisticado sistema de saúde, e uma infraestrutura educacional desenvolvida. Era esse o Plano, destruir as infraestruturas cruciais e tudo o que sobrar é um país apenas de nome; o que importa é que o petróleo esteja protegido. (Foram precisos dez anos e 50 mil milhões de dólares para reconstruir uma Alemanha (Ocidental) totalmente devastada depois da 2ª Guerra Mundial.)Claro que não é coincidência o facto da BBC gastar o nosso dinheiro, tão difícil de ganhar, a reescrever os acontecimentos dos últimos 4 anos, pois é claro para toda a gente que nenhum dos objectivos (declarados) foi atingido com a ‘libertação’ do Iraque, nem mesmo o exército dos EUA, e já agora nem o do Reino Unido, conseguiram manter calados os seus militares (sem dúvida mais por medo de passarem a ser o bode expiatório do que pelos danos que estão a ser provocados naquilo que resta dos seus espíritos).Por isso foi necessário fazer um controlo severo dos danos, com a situação a ficar completamente fora de controlo; as reais intenções, o petróleo do Iraque e a sua localização estratégica, estavam a ser revelados mesmo por aqueles ‘de dentro’ como Alan Greenspan, antigo director da Reserva Federal, “Tenho pena que seja inconveniente politicamente, reconhecer o que toda a gente sabe: a guerra do Iraque foi principalmente por causa do petróleo.” — Alan Greenspan, 16 de Setembro de 2007.


www.timesonline.co.uk/tol/news/world/article2461214.ece Vejamos o que é que a BBC dizia em 2004, nos velhos tempos. Com o título “Resolvendo o Problema em Fallujah”, a página da Internet da BBC Radio 4 (a 7 de Dezembro de 2004) dizia-nos“Eles [os EUA) irromperem pelo Iraque numa campanha curta e vitoriosa, e rapidamente instalaram a paz e a construção do país.”Quão desleixada pode ficar a BBC? Obviamente que a declaração anterior revela que a BBC mente sobre a ‘falta de um plano pós-invasão’, a não ser, claro, que a BBC tenha inventado completamente a história. Mas como o podiam ter feito quando a BBC estava ciente de que as duas primeiras ‘leis’ aprovadas pelo ‘Administrador’ do novo Iraque conquistado, Ober-Gruppen Fuehrer Bremer, dissolveram o Exército Iraquiano e o Partido Baath? É mais uma citação que não aparece na Primeira Parte (e escusam de esperar pela Segunda Parte).Mas detenham-se um momento nestas duas infames ‘leis’ que ‘Bremer’ aprovou, cujas implicações eram bem conhecidas na altura. Devemos acreditar (como afirma a BBC na Primeira Parte) que o ‘Plano’ consistia num “Não Plano”? Claro! Do caos sairia o petróleo (‘Sem um verdadeiro plano’ o Ministro do Petróleo ficava excluído da destruição, e previsivelmente, foi a única parte das infraestruturas do estado do Iraque que foram mesmo protegidas desde o primeiro dia).Como pode ser que o país mais poderoso do mundo possa gastar doze anos a bombardear o Iraque até à submissão e nesse processo exterminar talvez 1 milhão de pessoas, a maioria das quais com menos de vinte e cinco anos, e no final, não ter um Plano para quando chegasse o Grande Dia?O Exército dos EUA tem uma divisão dedicada à implementação de Planos para qualquer país que invadam, é o 4º Grupo de Operações Psicológicas, sedeado em Fort Bragg na Carolina do Norte. A seguir mostro um excerto da sua ‘declaração de missão’: “Organização dos Assuntos Civis (AC) do Exército dos EUA “As unidades AC estão concebidas para dar apoio quer às forças GP quer às SO a nível táctico, operacional e estratégico. A grande maioria das forças AC estão no componente de reserva (CR). A unidade AC activa (96ª AC BN, Ft. Bragg, NC) é capaz de deslocar rapidamente uma das suas cinco companhias regionais AC para cumprir os requisitos iniciais de apoio, com a transição para unidades CR a começar assim que a mobilização permita. As unidades CR de assuntos civis têm especialidades funcionais, com os soldados das unidades a serem designados para equipas funcionais.“As especialidades funcionais são:• Secção Governamental • Legislação• Administração Pública • Educação Pública • Saúde Pública • Segurança Pública • Secção Economia/Comércio • Desenvolvimento Económico • Abastecimento Civil• Alimentação e Agricultura • Secção de Instalações Públicas • Comunicações Públicas • Transporte• Trabalhos e Serviços Públicos • Secção de Funções Especiais • Relações Culturais • Informação Civil • Civis Deslocados• Serviços de Emergência • Manutenção Ambiental A sua missão crítica é a seguinte:Apoiar o planeamento e a coordenação dos AC e operações de apoio no país estrangeiro. A unidade fornece especialistas em AC nas seguintes áreas funcionais:• Administração Pública • Civis Deslocados • Apoio Civil • Comunicações Públicas • Saúde Pública • Trabalhos Públicos e Serviços” [1]Atão meu? O que é que aconteceu à merda do Plano?! Há milhares, se não centenas de milhares, de documentos que detalham cada aspecto do país estrangeiro ocupado, cada aspecto analisado por secções especializadas do 59º Batalhão de Assuntos Civis, sedeado em Fort Bragg, e tem cinco divisões por todo o país.Eis o que diz uma secção da página oficial na internet da Associação de Assuntos Civis, sob a direcção do Comando de Operações Psicológicas e Assuntos Civis do Exército dos EUA ‘Os soldados dos Assuntos Civis são a ligação do comandante à população e às autoridades civis na área de operações. Para além do seu treino militar, os soldados dos Assuntos Civis possuem competências e experiência baseadas na sua formação civil e trabalhos em campos como as finanças, segurança pública, saúde pública e serviços públicos. Com as suas competências únicas eles apoiam o comandante durante as operações de combate, eliminando preocupações ou exigências da população civil local. Imediatamente após as hostilidades os soldados de Assuntos Civis reconstituem a autoridade civil, e a longo prazo ajudam a reconstruir a economia e infraestruturas civis viáveis. Os Assuntos Civis apoiam os objectivos nacionais dos EUA prestando assistência ao governo de uma zona ocupada para suprir as necessidades da sua população e manter uma administração civil estável e democrática.’ http://www.civilaffairsassoc.org/USACAPOC.htm Mas a invasão do Iraque não foi obviamente uma invasão típica, como por exemplo na 2ª Guerra Mundial, daí não ter havido necessidade de chamar a 59ª Companhia (excepto para as operações de guerra psicológica, não propriamente para reconstruir o país). A invasão do Iraque faz lembrar a invasão do Vietname, na medida em que não havia uma intenção de ‘construção de um país’, era precisamente o contrário, pois para derrotar o ‘inimigo’ era necessário destruir o Vietname (mas sem o reconstruir depois. Lembrem-se que o conceito de ‘construção de um país’ não tinha ainda sido inventado como o seguimento lógico de destruir um país, tal premissa não era julgada necessária).Da mesma forma, nunca houve intenção de reconstruir o Iraque, os contratos para a sua reconstrução, que valiam milhões, eram apenas para os ladrões dividirem entre eles (com a cortesia dos que pagam impostos nos EUA e no Reino Unido), com as migalhas que caíam da mesa a serem distribuídas pelos traidores e seus amigalhaços do ‘governo’ iraquiano.Então porquê esta reviravolta repentina dos media e do resto dos ratos desertores a abandonarem aquilo que parece ser um navio a afundar-se? Eu penso que uma parte da resposta é que toda esta conversa relativa ao Irão pôs alguns dos aliados dos EUA/Reino Unido e seus acompanhantes a borrarem-se de medo de que os psicopatas de fatinho Armani possam mesmo vir a fazê-lo! Por isso, estão a ser usados todo o tipo de manhas para se distanciarem um pouco dos loucos que dirigem o barco, para o caso de isto ficar tudo com a forma de cogumelo. A segunda parte da resposta tem a ver com o simples facto de que a realidade que é o crime de guerra chamado Iraque está escandalosamente dessincronizada com a propaganda que foi lançada nos últimos dezasseis anos, como as alegadas razões, objectivos e resultados, ou falta deles, no caso do Iraque. Por isso, tal como com no caso do dossier manhoso [um caso passado em 2002 em que Blair cozinhou um relatório relacionado com urânio], o crime teve de ser moldado para uma forma mais aceitável de logro, pois nós até conseguimos aguentar enganos, mas e a limpeza de um país do mapa, com ou sem um ‘Plano’?Em terceiro lugar, o engodo dos chamados ‘neo-cons’parece estar a ficar gasto, uma coisa é fazer um grande espectáculo invadindo um país que já foi bombardeado até à submissão durante doze anos, mas outra coisa é atacar um que está a funcionar razoavelmente em ordem e sem amaciar primeiro as nossas populações domésticas, e aqui é que a porca torce o rabo, usando o mesmo pretexto para invadir o Irão, nomeadamente as armas de destruição em massa, é um total desastre de relações públicas, mesmo depois de terem lançado toda a treta sobre o envolvimento iraniano nos ataques bombistas no Iraque e no Afeganistão.Por isso rapaziada, é a altura para o ‘Photoshop’, altura de retocar todas as histórias inconvenientes sobre ‘construção de um país’ e reconhecer todos os ‘enganos’ que foram feitos (como os ‘enganos’ sobre as armas de destruição em massa de Saddam), e já que estamos nisso, divulgar convenientemente um par de bodes expiatórios, por exemplo o já mencionado OGF Bremer. E quem melhor do que a BBC para fazer os retoques, eles andam nisso há décadas.








1 Comments:

  • At 5/08/2008, Blogger Saulo said…

    da minha revolta se transforma em rancor, e junto ao meu rancor um ódio incontestável .. infeliz dos que sí omitem .. sem justiça nunca haverá paz constitucional

     

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