Reino Unido reconhece passagem de voos da CIA pelo seu território 21/02/08
Uma busca nos arquivos dos EUA confirmou o que várias organizações de direitos humanos já tinham afirmado: dois voos da CIA que transportavam suspeitos de terrorismo com destino a Guantánamo, fizeram escala, em 2002, na ilha de Diego Garcia, território britânico no oceano Índico. "É uma infelicidade que isto não se soubesse e uma infelicidade que isto tenha acontecido sem que soubéssemos que estava a acontecer, mas é importante criar procedimentos para assegurar que não volta a acontecer", afirmou, visivelmente embaraçado, o primeiro-ministro britânico. Face aos novos dados, o Bloco de Esquerda já envio um requerimento a Luís Amado, ministro dos negócios estrangeiros.
Entre 2005 e 2007, o então primeiro-ministro britânico Tony Blair, negou diversas vezes a passagem deste tipo de voos pelo território britânico, declarações que se vieram a revelar falsas com as notícias vindas agora a público. Este tipo de voos, a que as agências americanas de serviços secretos chamam de "extraordinary rendition", servem para enviar suspeitos de terrorismo, à guarda de agentes de segurança dos EUA, para outros países, onde não gozam de protecção legal nem de direitos ao abrigo da lei americana. No caso dos voos que passaram pela ilha de Diego Garcia (território britânico), os suspeitos foram posteriormente encaminhados para Guantánamo, tendo um dos quais sido entretanto libertado.O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, que fez a revelação, disse "lamentar muito" ter de dizer que negações anteriores deste tipo de voos, feitas "de boa-fé", tinham agora de ser corrigidas, conta o site BBC News.
Recorde-se que no final de Janeiro foi conhecido um relatório da organização britânica REPRIEVE que indica que mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a base de Guantánamo "com a ajuda de Portugal" e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006. O governo português negou qualquer conhecimento sobre o assunto e recusou mesmo a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, mas Carlos César, líder do governo regional dos Açores admitiu que esses voos passaram por Portugal, lamentando a situação. Face aos novos dados, que vêm confirmar a denúncia feita no relatório da ONG Reprieve, sob o qual o primero-ministro português afirmou que "não ajuda à verdade e é mistificador", o Bloco de Esquerda enviou um requerimento ao Ministro dos Negócios Estrangeiros. "Face aos dados que vieram a público nos últimos dias, nomeadamente o reconhecimento por parte do governo inglês da passagem por solo britânico de voos secretos da CIA, o governo português mantém a sua posição de que não soube nunca da utilização do território nacional na passagem destes prisioneiros ilegais?", questiona Fernando Rosas.
Entre 2005 e 2007, o então primeiro-ministro britânico Tony Blair, negou diversas vezes a passagem deste tipo de voos pelo território britânico, declarações que se vieram a revelar falsas com as notícias vindas agora a público. Este tipo de voos, a que as agências americanas de serviços secretos chamam de "extraordinary rendition", servem para enviar suspeitos de terrorismo, à guarda de agentes de segurança dos EUA, para outros países, onde não gozam de protecção legal nem de direitos ao abrigo da lei americana. No caso dos voos que passaram pela ilha de Diego Garcia (território britânico), os suspeitos foram posteriormente encaminhados para Guantánamo, tendo um dos quais sido entretanto libertado.O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, que fez a revelação, disse "lamentar muito" ter de dizer que negações anteriores deste tipo de voos, feitas "de boa-fé", tinham agora de ser corrigidas, conta o site BBC News.
Recorde-se que no final de Janeiro foi conhecido um relatório da organização britânica REPRIEVE que indica que mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a base de Guantánamo "com a ajuda de Portugal" e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006. O governo português negou qualquer conhecimento sobre o assunto e recusou mesmo a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, mas Carlos César, líder do governo regional dos Açores admitiu que esses voos passaram por Portugal, lamentando a situação. Face aos novos dados, que vêm confirmar a denúncia feita no relatório da ONG Reprieve, sob o qual o primero-ministro português afirmou que "não ajuda à verdade e é mistificador", o Bloco de Esquerda enviou um requerimento ao Ministro dos Negócios Estrangeiros. "Face aos dados que vieram a público nos últimos dias, nomeadamente o reconhecimento por parte do governo inglês da passagem por solo britânico de voos secretos da CIA, o governo português mantém a sua posição de que não soube nunca da utilização do território nacional na passagem destes prisioneiros ilegais?", questiona Fernando Rosas.
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