*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Wednesday, March 26, 2008

Declarações de Noor Al-Deen Al-Rubei’i, da Academia Científica iraquiana 26/03/08 O Iraque perdeu 5.500 cientistas

(Na foto de título: o Dr. Ali Abdul Razaq Al Naas, professor na Faculdade de Comunicação Social da Universidade Mustansiriya, em Bagdade, alvejado por assaltantes não identificados na capital iraquiana em 27 de Janeiro de 2006, após ter apelado ao fim da ocupação numa mesa redonda televisionada)
O Dr. Noor Al-Deen Al-Rubei’i, secretário-geral dos Conselhos de Investigação Científica, que dirige a Academia de Investigação, que é um reputado cientista no campo da energia nuclear, afirmou a a invasão estadunidense do Iraque tem o objectivo de destruir o futuro do Iraque através do assassinato e da liquidação dos seus cientistas, da destruição pelo fogo dos seus livros e trabalhos científicos nos centros de investigação, que constituem a substância de investigações científicas que custaram 10 mil milhões de dólares.O Dr. Rubei’i acrescentou que 80% dos assassinatos visaram os que trabalhavam nas universidades, metade deles com o grau de professor ou de professor-assistente. Metade dos assassinatos deram-se nas universidades de Bagdade, e o resto em Bassorá, Mossul e al-Mustansiriya. E que 62% dos assassinados eram doutorados, sendo um terço deles especialistas em áreas científicas e medicina.O Dr. Rubei’i disse ainda que o avanço científico e técnico do Iraque foi a principal razão da invasão do Iraque pelos EUA e seus aliados, sob o estímulo e a orientação dos sionistas. A declaração de Madeleine Albright, ministra dos Negócios Estrangeiros dos EUA durante a guerra, foi bastante clara. Ela afirmou literalmente: o que temos de fazer ao Iraque é destruir a sua inteligência, coisa que as bombas nucleares não podem destruir, “destruir a inteligência iraquiana é mais importante do que bombardear”.
Por essa razão, quando invadiram o Iraque, a primeira coisa que os exércitos estadunidense e britânico atacaram foram os institutos, escolas e universidades científicos e de investigação, incendiando bibliotecas e património histórico, que expuseram à pilhagem e ao saque.

Prova disso é o facto de o Iraque ter perdido 5.500 dos seus cientistas desde a invasão anglo-estadunidense de Abril de 2003, tendo a sua maior parte imigrado para a Europa, o Extremo-Oriente e os outros países árabes. Os outros foram assassinados. Os cientistas iraquianos aprenderam a lição. Depois do rapto do Dr. Ali Mhawish, deão da Faculdade de Engenharia da Universidade de Al-Mustansiriya, e da descoberta do seu cadáver, compreenderam que vivem numa atmosfera que nunca tinham experimentado desde a tomada de Bagdade pelos mongóis em 1258… Há outros universitários que receberam cartas contendo balas. Cinco professores da Faculdade de Medicina pediram para viver fora do Iraque depois de receberem essas cartas.
Disse ainda o Dr. Rubei’i: a ameaça de James Baker de fazer regredir o Iraque para a era pré-industrial – ou seja, para a Idade Média – significava a destruição e demolição de todas as formas de resistência e de oposição, tal como fizera Hulagu Khan na sua selvática invasão em que as águas do Tigre primeiro se tornaram vermelhas devido aos corpos mortos lançados ao rio, e depois negras quando para ele os invasores atiraram os livros.A verdade é que os invasores tinham consciência do grande desenvolvimento e do significado do projecto científico e técnico iraquiano, um sistema tecnico-científico perfeitamente integrado que seria garante da independência nacional do país e se tornaria um factor incontornável a levar em conta. Foi por isso que, poucos dias depois do início da ocupação, o Dr. Mohammad al-Rawi, dirigente do Sindicato dos Médicos do Iraque, e presidente da Universidade de Bagdade, foi assassinado. Sucederam-se então os assassinatos, em plena luz do dia, de 1.500 iraquianos altamente qualificados, como o Dr.Muhi Husein, professor de aerodinâmica e engenharia de aviação da Universidade de Tecnologia, o Dr. Muhammad Al-Duleimi, professor da mesma universidade, e o Dr. Ghalib Al-Hiti, professor de engenharia química na mesma universidade – para não falar da destruição de milhares de fábricas, laboratórios e centros de investigação. Israel este implicada nesta operação suja. A espionagem israelita criou um exército secreto de 150 elementos, que tem uma lista de 800 cientistas iraquianos a serem liquidados ou deportados para Israel. Nestes últimos anos de ocupação, Israel acolheu muitos dos que traíram o Iraque e se acolheram no abraço sionista. Um deles é Kanan Mekiya, a quem foi oferecido o doutoramento, enquanto a outros, como Tahir Labib e Mahmud Abu Salih, foram dadas cátedras.
Tornou-se evidente que foram as próprias malfadadas equipas de inspectores das Nações Unidas, que assolaram o Iraque antes da invasão anglo-estadunidense, quem forneceu a Israel as listas de nomes de cientistas iraquianos.
E o Dr. Rubei’i prossegue: Assassinar os cientistas iraquianos integra-se na estratégia do “caos criativo” seguida pela ocupação desde a invasão, com o intuito de dominar os iraquianos e de os subjugar. Este caos sofisticadamente organizado dá-nos uma imagem dos insolentes invasores como sendo ingénuos ou impotentes ou estupidamente incapazes perante o assalto aos palácios do Estado iraquiano, às instituições governamentais, aos bancos, às universidades, às fábricas, aos centros de engenharia e militares, aos museus, às bibliotecas e aos tesouros do seu património. É um “caos sustentado”, como esses efeitos gráficos aleatórios nos ecrãs dos computadores. Auto-alimenta-se por meio do desperdício dos colossais recursos financeiros do Estado iraquiano, de uma corrupção sem precedentes, de subornos colectivos por meio de falsos projectos, como as eleições e o governo federal. Um elaborado caos, como é o dos fenómenos físicos, cujo objectivo central é criar a perturbação da vida pública e destruir a unidade nacional, a entidade do Estado. Ao mesmo tempo, controem em Bagdade a maior embaixada estadunidense e estabelecem 14 bases militares espalhadas por todo o Iraque.Disse ainda o Dr. Rubei’I que o primeiro estudo estatístico do massacre de cientistas, médicos e engenheiros iraquianos – elaborado por um médico inglês de origem iraquiana, o Dr. Ismael Al-Jalili, e apresentado na primeira conferência sobre o massacre de universitários iraquianos, na capital espanhola de Madrid – demonstra que o Doutor Mhawish foi o quarto deão assassinado da Universidade Al-Mustansiriya. Antes dele, foram mortos os deãos das faculdades de Medicina, de Educação e de Direito, além dos deãos-assistentes das faculdades de Ciências, de Economia e de Administração. Entre os directores dos departamentos foram assassinados os dos departamentos de Língua Alemã, de Educação e de Estudos Árabes Mundiais. Esta elite académica pertence a diferentes religiões e seitas do Iraque, não a qualquer delas em particular, o que confirma que os criminosos não são iraquianos.
Artigo original (em inglês) aqui.




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