Petróleo supera US$ 108 em NY e US$ 104 na Europa 10/03/08 é apenas uma questão de tempo para uma guerra em grande escala..

O preço do petróleo tipo leve superou nesta segunda-feira a cotação de US$ 108 no mercado de Nova York, alcançando um novo recorde.De acordo com analistas, o preço do produto continua subindo por influência de investidores e instituições financeiras, que estariam apostando em commodities como o petróleo e o ouro para se proteger dos efeitos do dólar cada vez mais desvalorizado.
Outro fator influenciando a cotação seria a decisão anunciada na semana passada pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que decidiu não aumentar a produção, apesar da alta demanda da China.
Além do recorde em Nova York, o petróleo negociado no mercado europeu, do tipo Brent, também atingiu sua mais alta cotação na história nesta segunda-feira, chegando a passar dos US$ 104.Analistas da Agência Internacional de Energia disseram que, em valores atualizados, a cotação atual já supera a mais alta registrada durante a crise do petróleo – US$ 102,53, em 1980. A Casa Branca anunciou que vai pressionar a Opep a aumentar a produção na semana que vem, quando o vice-presidente americano, Dick Cheney, faz uma visita ao Oriente Médio.
Por sua vez, o presidente da Opep, Chakib Khelil, disse que o mau gerenciamento da economia americana, que enfrenta uma ameaça de recessão, está por trás da alta do petróleo.

China: relatório do Pentágono podeafetar relações com EUA

A China afirmou
que um relatório sobre seu poderio militar elaborado pelo Departamento de Defesa americano constitui uma "grave distorção dos fatos" e pode afetar as relações entre os dois países."O relatório do Pentágono constitui uma grave distorção dos fatos e uma tentativa de interferência nos assuntos internos da China", afirmou em Pequim o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Qin Gang."A China é absolutamente contra e enviou um protesto formal aos Estados Unidos (...) isto não é nada bom para as relaçõess bilaterais", acrescentou."Pedimos aos Estados Unidos que abandonem sua mentalidade de guerra fria e a ter uma compreensão correta da China e seu desenvolvimentlo".O relatório anual do Pentágono sobre a China questiona a falta de transparência na expansão militar do país asiático e os riscos que isto representa para a estabilidade regional e internacional."A expansão e a melhoria da capacidade militar da China estão modificando o equilíbrio militar no Extremo Oriente; a melhoria da capacidade estratégica da China tem implicações que vão além da região Ásia-Pacífico", acrescenta o informe.Pouco depois, Pequim anunciou que o orçamento do Exército aumentará 17,6% em 2008, numa comparação com o ano passado.O Orçamento, que progrediu em proporção similar em 2007 (+17,8%), chegará a 417,769 bilhões de iuanes - 57,220 bilhões de dólares - este ano, segundo Jiang Enzhu, porta-voz da Assembléia Nacional Popular (ANP, Parlamento), que se reúne a partir de quarta-feira por duas semanas.Jiang ressaltou novamente que o gasto militar da China aumenta de forma proporcional ao crescimento econômico.
"A construção do Exército chinês se adequa ao desenvolvimento da economia e da sociedade chinesas".O porta-voz insistiu no aspecto defensivo da política militar chinesa, que tem como objetivo "preservar a independência de China, sua soberania, sua integridade, e não representa nenhuma ameaça para os demais países".