*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Tuesday, April 15, 2008

Ben Heine,mestre da arte da resistência 15/04/08 por Kathlyn STONE

http://benheine.com/
O artista e ativista belga Ben Heine faz uma potente crítica através de suas caricaturas e ilustrações. Seu trabalho de protesto contra o imperialismo e outras violações dos direitos humanos tem seguidores em todo o mundo. Seus prolíficos e precisos desenhos vão da escuridão e agonia ao doce e terno. Artistas de pelo menos meia dúzia de países hoje desenham cartoons inspirados nele.O trabalho de Heine, especialmente o relacionado com a crise de Gaza, chegou, no ano passado, através de milhares de bloggers norte-americanos, depois que suas colunas diárias, juntamente com um punhado de outras, foram banidas do Daily Kos por sua orientação pró-palestina. Em uma reação que já tornou habitual, os membros dessa página da Internet consideraram a simpatia pelos palestinos equivalente a ser anti-Israel ou anti-semita, e Heine e os outros foram expulsos.Pelo lado mais favorável, o episódio deu-lhe uma audiência maior nos Estados Unidos e solidificou a determinação do artista radical. Heine faz parte de uma irmandade fascinante de jornalistas e artistas que estão conectados através da rede por todo o globo e combatem, a sua maneira, contra as guerras e o imperialismo.Entrevistado recentemente por telefone, Heine falou sobre sua opção de envolver-se na luta palestina e sobre quem o inspira.
P – Você é um artista de tempo integral?R – Sim, eu tento. Sou autônomo. Trabalho para algumas publicações belgas e outras revistas internacionais. Uma das melhores coisas da Internet é que ela permite que você seja publicado em qualquer lugar do mundo.P – Muitas de suas ilustrações representam o que está ocorrendo em Gaza. O que o levou a se envolver no conflito entre Israel e a Palestina?R – Para os ativistas, as ilustrações são um grande meio de comunicar a informação e ajudam a completar o objetivo de um artigo. É a forma que escolhi para fazer com que as pessoas pensem e, talvez, mudem seu comportamento. Às vezes funciona. Concentro-me especialmente na Palestina e em Israel porque penso que, atualmente, é um dos problemas mais importantes. Quer dizer, várias pessoas morrem lá todas as semanas, principalmente palestinos. De fato, isso me chocou há muito tempo e decidi fazer algo com minha arte. Cada vez que Israel ataca a Palestina tento fazer um novo desenho. Trato de ser justo e levar a verdade aos olhos das pessoas, além de respeitar as idéias de escritores que também querem transmitir os fatos e a realidade. A realidade é que um povo está sendo oprimido por outro povo. Sim, penso que esta é uma das razões pelas quais desenho para a Palestina.P – Seus desenhos evocam emoções que vão desde a tristeza à indignação. Você pensa que isso é o que leva as pessoas a despertarem para a realidade da violência no Oriente Médio?R – Creio que existe algo em um desenho que é muito diferente de uma fotografia. Em relação aos desenhos há uma necessidade de utilizar símbolos e outros materiais similares para conseguir que as pessoas pensem de uma forma diferente. Com uma fotografia seria fácil, somente mostrando gente morta, para chocar as pessoas ainda mais. Em um desenho é possível utilizar símbolos, que é uma maneira muito, muito útil de despertar a consciência das pessoas frente a uma situação, e você também pode fazer comparações. Não estou seguro se é importante chocar as pessoas. É mais importante fazê-las pensar. E um desenho não precisa ser realista, tem que ser simbólico, coerente, lógico e respeitar a realidade. P – Uma ilustração pode ser mais eficaz que uma fotografia em alguns casos?R – Estou absolutamente de acordo com isso. Com as ilustrações é possível usar símbolos e também agregar alguma opinião pessoal, o que não é viável nas fotografias. Uma fotografia é uma transcrição da opinião de alguém, mas é fria, de algum modo lhe falta um marco. Penso que tanto as fotografias como os cartoons podem ser mal interpretados. Sempre necessitam de uma palavra do artista ou do autor de um artigo que explicaria a composição.P – Você tem um estilo único. Existe influência de alguém? R – Não sou especialmente influenciado por outros ilustradores, mas me inspiro em outros tipos de artistas, cantores, escritores, romancistas, fotógrafos, em qualquer um que expresse o que pensa e que denuncie as coisas erradas que ocorrem, segundo eles próprios, ou a maioria ou a minoria das pessoas em alguma parte. Há um artista britânico, Banksy, que tem sido uma grande inspiração nos últimos anos e o músico (israelense auto-exilado) Gilad Atzmon.P – Há alguma ilustração de Atzmon em sua página web? Você tem uma grande galeria de ilustrações e caricaturas de ativistas de todo o mundo.R – Sim, fiz a de Atzmon. Não fiz uma ilustração de Banksy porque um dos mistérios populares de Banksy é que ninguém conhece sua cara. Isso é engraçado. Existe também um blogger fantástico e bom amigo, Steve Amsel (mais conhecido como DesertPeace), que escreve todos os dias sobre a Palestina e Israel. Outra que escreve sobre este tema é Mary Rizzo. Ela tem um blog chamado PeacePalestine. Encontrei com ela há algumas semanas em Bruxelas. Estava aqui para assistir ao Tribunal Internacional de Cidadãos sobre o Líbano, de 22 a 24 de fevereiro. Deveria ser um julgamento sobre o que ocorreu na guerra de Líbano, mas não havia nenhum representante israelense. Foi verdadeiramente triste. Havia somente libaneses de Oriente Médio, mas nenhum representante de Israel. Por isso ninguém aceitaria o que se disse no processo. (O tribunal julgou a culpabilidade do Estado israelense por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio por sua guerra contra o Líbano em 2006).P – Bem, obrigada por seu tempo e por atender minha chamada nesta hora já tardia (22h30min em Bruxelas).R – Não, realmente não é tão tarde. É um verdadeiro prazer ter a oportunidade de falar com você. Desculpe por meu sotaque francês.É terrível.P – Não, está bem. É ótimo.R – Bem, boa noite, e até logo mais na Internet.


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