buraco negro 01/03/08 por Rafael Ventura
Dentro de um acelerador de partícula, dois prótons – partículas subatômicas de carga positiva – colidem frontalmente a uma velocidade próxima a da luz. O campo gravitacional resultante do encontro leva à formação de um pequeno buraco-negro, que em fração de segundos engole a matéria próxima e por fim todo o planeta. Isto é o que querem evitar dois cientistas americanos, Walter L. Wagner e Luis Sancho, que em 21 de março entraram com um processo na Corte Federal de Honolulu, EUA, para impedir um teste de física experimental marcado para o meio deste ano no que será o maior acelerador de partículas da história. Segundo eles, o experimento inaugural do LHC (Grande Colisor de Hádrons, na sigla em inglês) deve ser proibido até que o CERN, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares responsável pelas instalações, prove a segurança da experiência. Com base na National Environmental Policy Act (Lei de Proteção Ambiental Norte-Americana), eles acusam órgãos nacionais envolvidos no projeto – como o Departamento Federal de Energia, o Fermilab (Laboratório de Aceleração Nacional), a Fundação Nacional para Ciência – além do próprio CERN, que opera os equipamentos, de não terem apresentado um relatório de segurança e impacto ambiental conforme os pré-requisitos legais. Como o CERN não está sujeito à jurisdição norte-americana, a expectativa é que eles não apareçam para a audiência marcada para 16 de junho. Mesmo assim os acusadores esperam barrar a condução dos testes ao impedir que a empresa americana Fermilab, por exemplo, forneça peças fundamentais ao funcionamento do acelerador.
A idéia do experimento, segundo seus realizadores, é de reproduzir em laboratório condições similares àquelas vividas pelo universo milhares de bilionésimos de segundo após o big bang – evento que, de acordo com teorias físicas modernas, teria criado o cosmo atual. Apesar dos resultados serem ainda pouco previsíveis, físicos do CERN acreditam que os testes, conduzidos a 100 metros de profundidade nos arredores de Genebra, Suíça, poderão trazer informações decisivas para a compreensão experimental do Modelo Padrão – o conjunto de teorias que forma a base da física moderna. Walter, um dos acusadores no processo, já havia tentado em 1999 e 2000 impedir que o Brookhaven National Laboratory, órgão ligado ao Departamento Federal de Energia do governo norte-ameicano, colidisse íons de átomos pesados. Em 2001, entretanto, ele perdeu a causa e desde 2000 o colisor de partículas tem sido operado sem maiores incidentes.
A idéia do experimento, segundo seus realizadores, é de reproduzir em laboratório condições similares àquelas vividas pelo universo milhares de bilionésimos de segundo após o big bang – evento que, de acordo com teorias físicas modernas, teria criado o cosmo atual. Apesar dos resultados serem ainda pouco previsíveis, físicos do CERN acreditam que os testes, conduzidos a 100 metros de profundidade nos arredores de Genebra, Suíça, poderão trazer informações decisivas para a compreensão experimental do Modelo Padrão – o conjunto de teorias que forma a base da física moderna. Walter, um dos acusadores no processo, já havia tentado em 1999 e 2000 impedir que o Brookhaven National Laboratory, órgão ligado ao Departamento Federal de Energia do governo norte-ameicano, colidisse íons de átomos pesados. Em 2001, entretanto, ele perdeu a causa e desde 2000 o colisor de partículas tem sido operado sem maiores incidentes.
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