Eleição de Berlusconi é ameaça para a UE, dizem analistas 15/04/08

Duce=ditadura
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Sobre a atual eleição de Berlusconi, Schulz declarou à Deutsche Welle: "Eu acredito que a estreita cooperação entre Paris e Roma levará a uma espécie de vulgarização. Acho que vamos discutir menos sobre assuntos políticos e métodos de resolução para problemas nas áreas de mudanças climáticas, mercado financeiro e provisão de mantimentos do que sobre quais modelos e marcas estão na moda".O político social-democrata afirmou ainda à Deutsche Welle que "isto poderia ser bom para as partes envolvidas, mas serviria muito pouco à política européia". A eleição de Berlusconi, no entanto, desagrada não somente a Martin Schulz, mas também a boa parte da imprensa alemã.

"Nicolas Sarkozy já declarou que é um europeu cético. Não se sabe quanto tempo Gordon Brown ficará no poder. E Angela Merkel ficará sozinha... Numa Europa dividida, será mais difícil para Merkel encontrar parceiros fortes. Ela mal acabou de convencer, a duras penas, Sarkozy quanto à política do Mediterrâneo e já enfrenta agora um novo desafio na Itália", escreveu o Handelsblatt.O Handelsblatt comenta ainda que, no cenário internacional se prevê, no entanto, também um isolamento de Berlusconi. Os dias do presidente Bush estão contados. A relação entre Berlusconi e o atual premiê espanhol de esquerda, José Luis Zapatero, está a léguas de distância daquela que tinha com José María Aznar. A revista alemã Stern é da mesma opinião e afirma que a eleição de Berlusconi significa um passo atrás para a Itália, que a levará ao isolamento.Tanto as revistas Stern como a Der Spiegel concordam que a eleição de Berlusconi deveu-se, principalmente, a um fator principal: o magnata da mídia encheu o povo de presentes fiscais. "Como foi possível esta volta?", pergunta a Der Spiegel em sua edição online. Uma das respostas está na própria formação do governo de Prodi, apoiado por uma frágil coalizão de nada menos que 13 partidos de centro-esquerda.Além disso, comenta a Der Spiegel, para o povo italiano, o governo Prodi foi marcado pelo aumento de impostos e pelas tentativas de colocar o orçamento em ordem e de cumprir as metas de estabilidade da UE. Berlusconi, por outro lado, que nada fez nos cinco anos anteriores para resolver os problemas estruturais do país, decretou diversas anistias fiscais, uma após a outra, para a alegria dos 30% de italianos que ganham seu dinheiro como profissionais liberais.

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