tabuleiro político do oriente médio:Milícia do Hezbollah já controla vários bairros de Beirute 09/05/08
A milícia xiita Hezbollah (e seu aliado Amal) já controla vários bairros da Beirute oeste no terceiro dia de confrontos nas ruas da capital libanesa, segundo informações da imprensa local.A oferta de trégua do líder sunita governista Saad Hariri foi rejeitada pelo Hezbollah e a residência oficial dele foi atingida por fogo de lança-granadas, em meio aos confrontos entre militantes pró e contra o governo.Guerrilheiros da milícia xiita atacaram inclusive os prédios do canal do Future TV, do jornal al-Mustaqbal e rádio Ash Sharq, todos pertencentes a Hariri.De acordo com fontes do Exército, os milicianos disparam com fuzis e lança-granadas contra os prédios e depois entregaram o controle para os militares, com a condição de que as emissoras encerrassem as transmissões e evacuassem seus funcionários.Forças de segurança informaram que o Hezbollah tem guerrilheiros posicionados em 11 bairros da capital e já detém o controle dos bairros de Hamra e Verdun. Há tiroteios nas imediações das residências de Hariri e do líder druso Walid Jumblatt.Há informações de que negociações estão em andamento para que Jumblatt possa deixar a área em segurança e, de acordo com emissoras libanesas, os seguranças do ministro da Informação, Ghazi Aridi, se renderam e entregaram suas armas às milícias da oposição.
O governo acusa o Hezbollah e seus aliados de tentativa de golpe de estado, enquanto o Exército tenta controlar os combates entre facções rivais.A situação em Beirute é tensa, e grande parte das ruas estão vazias, com parte da população procurando refúgio em outras áreas ou nas montanhas.Os combates diminuíram durante a noite, mas voltaram com mais força na manhã desta sexta-feira.O número de mortos já chega a 12 e 15 pessoas ficaram feridas nos confrontos desde quarta-feira, mas o número pode ser maior, já que não há informações de outras áreas da cidade.
Há informações de que milícias ligadas a Hariri se entregaram
Há informações de que milícias ligadas a Hariri se entregaram
aos oposicionistas no Vale do Bekaa.Algumas estradas foram reabertas no interior do país, mas a rodovia que leva à fronteira com a Síria continua fechada, assim como o aeroporto de Beirute.
A crise começou na manhã de quarta-feira quando sindicatos pró-oposição realizaram uma greve geral para exigir aumento de salários. Os protestos logo enveredaram para a violência, com militantes pró e antigoverno travando batalhas nas ruas da capital.A oposição exige a renúncia do primeiro-ministro, Fouad Siniora, que tem o apoio dos Estados Unidos e de outros países ocidentais. O Líbano vive uma crise política há mais de um ano e está sem presidente desde novembro do ano passado, quando o pró-sírio Emile Lahoud deixou o cargo.
Desde então, governistas e oposição não conseguem chegar a um acordo, com a sessão do parlamento para eleger o novo presidente tendo sido postergada 18 vezes.Analistas vêem como delicada a situação no Líbano. Segundo alguns, o governo caminha para o colapso sem que seus aliados, como a Arábia Saudita e o Egito, tenham mostrado, até agora, sua influência regional.
Na semana passada, os governos saudita e egípcio haviam advertido a oposição contra uma tentativa de atacar os sunitas do Líbano. Nas ruas, as milícias sunitas praticamente têm lutado sozinhas contra o Hezbollah e seus aliados.Por enquanto, nem os drusos de Jumblatt, nem os cristãos da Falange e Forças Libanesas se envolveram efetivamente nos confrontos.
Para a imprensa local, o país está à beira da guerra civil e o exército sofre com a ameaça constante de se desintegrar em grupos sectários leais aos seus líderes.O Irã e Síria, países que apóiam o Hezbollah, também não se manifestaram sobre os acontecimentos no país.
Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU colocou a situação das milícias e confrontos nas ruas de Beirute como o assunto principal de sua reunião em Nova York. Um comunicado do Conselho fez um apelo pelo retorno da calma no Líbano.O enviado especial para o Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, advertiu o Conselho de que a situação no Líbano era a pior desde o fim da guerra civil (1975-1990).“O que nós presenciamos hoje ilustra a necessidade de integrar as milícias libanesas ao Exército. Se isso não for feito, eu temo que o que estamos presenciando hoje continuará”, disse Larsen.
A Casa Branca já havia divulgado uma nota na quinta-feira em que condenava as ações do Hezbollah e exigia que o grupo parasse suas “atividades desordeiras”.“O Hezbollah precisa fazer uma escolha – ser uma organização terrorista ou um partido político, e não tentar ser os dois”, disse o porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe.
A crise começou na manhã de quarta-feira quando sindicatos pró-oposição realizaram uma greve geral para exigir aumento de salários. Os protestos logo enveredaram para a violência, com militantes pró e antigoverno travando batalhas nas ruas da capital.A oposição exige a renúncia do primeiro-ministro, Fouad Siniora, que tem o apoio dos Estados Unidos e de outros países ocidentais. O Líbano vive uma crise política há mais de um ano e está sem presidente desde novembro do ano passado, quando o pró-sírio Emile Lahoud deixou o cargo.
Desde então, governistas e oposição não conseguem chegar a um acordo, com a sessão do parlamento para eleger o novo presidente tendo sido postergada 18 vezes.Analistas vêem como delicada a situação no Líbano. Segundo alguns, o governo caminha para o colapso sem que seus aliados, como a Arábia Saudita e o Egito, tenham mostrado, até agora, sua influência regional.
Na semana passada, os governos saudita e egípcio haviam advertido a oposição contra uma tentativa de atacar os sunitas do Líbano. Nas ruas, as milícias sunitas praticamente têm lutado sozinhas contra o Hezbollah e seus aliados.Por enquanto, nem os drusos de Jumblatt, nem os cristãos da Falange e Forças Libanesas se envolveram efetivamente nos confrontos.
Para a imprensa local, o país está à beira da guerra civil e o exército sofre com a ameaça constante de se desintegrar em grupos sectários leais aos seus líderes.O Irã e Síria, países que apóiam o Hezbollah, também não se manifestaram sobre os acontecimentos no país.
Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU colocou a situação das milícias e confrontos nas ruas de Beirute como o assunto principal de sua reunião em Nova York. Um comunicado do Conselho fez um apelo pelo retorno da calma no Líbano.O enviado especial para o Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, advertiu o Conselho de que a situação no Líbano era a pior desde o fim da guerra civil (1975-1990).“O que nós presenciamos hoje ilustra a necessidade de integrar as milícias libanesas ao Exército. Se isso não for feito, eu temo que o que estamos presenciando hoje continuará”, disse Larsen.
A Casa Branca já havia divulgado uma nota na quinta-feira em que condenava as ações do Hezbollah e exigia que o grupo parasse suas “atividades desordeiras”.“O Hezbollah precisa fazer uma escolha – ser uma organização terrorista ou um partido político, e não tentar ser os dois”, disse o porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe.
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