EUA aplicam novas sanções contra o Irã 08/07/08

O governo dos Estados Unidos impôs novas sanções financeiras a várias companhias e indivíduos iranianos, suspeitos de envolvimento com o programa nuclear do país.Entre os atingidos pelas sanções está um importante cientista do Ministério da Defesa iraniano, Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, e três companhias iranianas que estariam envolvidas com a indústria de armas daquele país.
O Tesouro americano afirmou que os bens destas companhias e de indivíduos nos Estados Unidos serão congelados e as companhias americanas ficam proibidas de fazer negócios com estas empresas. As novas sanções foram anunciadas no momento em que os líderes do G8 – o grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia –, reunidos no Japão pedem a paralisação do programa de enriquecimento de urânio do Irã.Líderes ocidentais tentaram convencer o governo iraniano a paralisar este programa, que continua apesar de a União Européia e a ONU terem imposto sanções contra o país.
Os Estados Unidos e outras nações ocidentais acusam o Irã de usar seu programa nuclear como fachada para a fabricação de armas, mas o governo iraniano rejeita as acusações, dizendo que o programa tem fins pacíficos.Segundo correspondentes, estas últimas sanções dos Estados Unidos visam aumentar ainda mais a pressão sobre o governo iraniano.
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad rejeitou a ameaça de um conflito armado entre seu país e os Estados Unidos ou entre o Irã e Israel."Bush ou seus amigos não são capazes de infligir o menor dano contra a nação iraniana hoje. Existem muitas pessoas sábias na América que não permitirão que o senhor Bush cometa o suicídio político", afirmou o presidente na reunião de cúpula das nações muçulmanas em Kuala Lumpur.Para Ahmadinejad, a "situação econômica, política e militar não permitirá que Bush faça isso".Nesta terça-feira um alto clérigo iraniano afirmou que, caso o Irã fosse atacado por causa de seu programa nuclear, o país iria retaliar com um ataque a Israel e a navios americanos no Golfo Pérsico.Apesar das declarações rejeitando as ameaças de conflito armado com os americanos ou contra Israel, Ahmadinejad afirmou que o Irã está pronto para se defender, acrescentando que "a maior ameaça no Oriente Médio e em todo o mundo... é a intervenção dos Estados Unidos em outros países".