quais são os objetivos da união europeia? 24/07/08 eles são muito claros,a europa quer unificar todo o continente.

"Os tratados europeus servem os interesses daqueles que os escrevem"
http://resistir.info/europa/chouard_09jan08p.html
Intervenção policial e militar da UE para forçar a secessão da Sérvia
http://resistir.info/chossudovsky/kosovo_16fev08.html
EUA e UE apoiam um processo político ligado ao crime organizado
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=8200


Uma mudança que se reconhece, à sua maneira e para lamentá-la, a oposição do SRS, partido pan-sérvio que foi o mais votado em todas as eleições legislativas até a queda do regime de Milosevic. O secretário-geral do SRS, Alexandar Vucic, augurou, de forma apocalíptica, que a Sérvia, ''lenta e inexoravelmente, ruma a caminho de seu desaparecimento''. Um exagero, se levarmos em conta que escassa meia centena de jovens, partidários do movimento pan-sérvio Obraz, se concentrou na madruigada de terça-feira em protesto contra a detenção.Isso não quer dizer, de modo algum, que parte da opinião pública sérvia tenha deixado de considerar Karadzic como um ''herói de guerra''. Neste sentido, o analista Djordje Vukadinovic coloca o acento no momento escolhido. ''É evidente que a coalizaão no poder estimou que era melhor realizar a prisão no início do mandato, esperando que seja um assunto esquecido antes das próximas eleições''. Mesmo em um país, Sérvia, em que a antecipação de eleições transformou-se em norma corrente.

Negando a versão, seu advogado, Svetozar Vujakic, assegurou em declarações à Beta News, que seu cliente teria declarado durante seu interrogatório que foi detido na última sexta-feira (18), enquanto viajava em um ônibus em Belgrado e que permaneceu detido em uma cela desde então.Karadzic qualificou de ''farsa'' o interrogatório a que foi submetido terça-feira por um juiz, como o primeiro passo para sua extradição ao Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, com sede em Haia.De acordo com a legislação sérvia, o magistrado tem três dias para decidir se o acusado cumpre ou não as condições para ser transferido para Haia. Este último tem, mesmo assim, três dias de prazo para interpor recurso. Um painel de juízes do tribunal de crimes de guerra tem o mesmo prazo para pronunciar-se sobre o recurso.Diversas informações que circulavam na internete elocubravam sobre o estado de saúde do acusado e chegavam a apontar que ele sofre de uma enfermidade terminal, ou que não estaria de posse de suas plenas faculdades mentais, o que poderia supor sua não transferência para a jurisdição do Tribunal de Haia.Onde está Mladic:Há 13 anos fugitivo do TPII, Karadzic, psiquiatra de profissão, nascido na república de Montenegro, enfrenta acusações similares às que foram feitas contra Milosevic até sua morte: assim, está acusado de impelir, de sua posição política, os massacres cometidos contra a população bósnia. Destacam, entre estas últimas, o cerco de 1.000 dias a Saraievo (13 mil mortes) e a matança de Srebrenica (8 mil mortos).Da mesma forma, segue foragido do tal Tribunal o braço militar executor destas matanças e da brutal agressão contra a Bósnia, o general sérvio (da Sérvia) Ratko Mladic.Sua entrega a Haia se anuncia ainda mais complicada. A versão oficial aponta para sua experiência militar. Se recorda que, neste sentido, quando era comandante da guarnição de Knin (Croácia), cercou-se de oficiais especializados em inteligência e segurança. Entre eles destacou-se o general Zdravko Tolimir, entregue ao Tribunal em maio de 2007 e que haveria criado um dispositivo que faria impossível a captura de Mladic.
Versões oficiais colocam o acento, de modo inverso, em que a entrega de Mladic poderia provocar graves fricções no seio das Forças Armadas sérvias. Apesar de seu condenação em 1995, o governo sérvio reconhece que o ''fugitivo'' viveu tranqüilamente em Belgrado até junho de 2002.
Desde então, a boataria aponta que ainda vive na mesma capital sérvia ou na região ocidental de Valjevo.Não falta quem diga que Mladic não se deixaria capturar sem resistência e que preferiria suicidar-se a acabar seus dias como Milosevic, em uma obscura cela em Haia.O anúncio da detenção de Karadzic dá um novo alento ao Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, que planejava desaparecer em 2010, após anos de fracasso em sua tentativa de levar ante seus juízes alguns de seus supostos criminosos fugitivos. ''A tenacidade dá frutos'', felicitou-se Ana Uzelac, que prossegue os trabalhos do tribunal para a Ong Impunity Watch.''É importante julgar os dirigentes, não só os de menor graduação. O que vale é chegar ao topo e isso é o que fez surgir um problema durante muito tempo'', complementa a especialista em justiça internacional Heikelina Verrijn-Stuart.Criado em 1993 pelo Conselho de Segurança da ONU, o Tribunal foi concebido para tranqüilizar o peso na consciência ocidental pelos horrores da guerra na Bósnia, pensada e gerada pelos círculos governantes dos EUA e União Européia. O tribunal foi duramente criticato em 2006 após a morte de Milosevic, antes de seu julgamento.
O processo de Slobodan Milosevic perante o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) provocou, de imediato, o confronto entre duas percepções antagônicas com relação a essa corte.Por um lado, o próprio Milosevic, seus partidários e uma ampla parte da opinião pública sérvia denunciam a natureza ilegítima e parcial do tribunal. Sua recusa em examinar os eventuais crimes de guerra perpetrados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na primavera de 1999, é particularmente percebida como a prova de que sua finalidade seria justificar a intervenção das grandes potências nos Bálcãs e dissimular sua própria responsabilidade na sangrenta fragmentação da Iugoslávia.Por outro lado, no Ocidente e nas regiões diretamente afetadas pelos crimes sérvios, a classe política e a mídia saudaram a abertura desse processo e renovaram, na ocasião, seu apoio verbal a um tribunal apresentado como instrumento privilegiado de justiça e de reconciliação. Alguns chegam a ver nele um amálgama da verdade histórica. O jornal Libération, por exemplo, no primeiro dia do processo trazia como manchete: ''Milosevic diante da história''.O tribunal processou, até hoje, 114 acusados e julgou de forma definitiva 55 pessoas. 47 estão ainda ''foragidos''. A entrega de Karadzic alongará a vida deste tribunal.


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