*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Tuesday, September 26, 2006

Pesquisa mostra que urnas podem ser fraudadas


Pesquisa nos EUA mostra que urnas eletrônicas podem ser facilmente fraudadas. E AQUI NO BRASIL? "O episódio pode vir a ter reflexos no Brasil, onde a Diebold ? associada à Procomp, adquirida em outubro de 1999 ? é a principal fornecedora de urnas eletrônicas para o sistema de votação digital desde 1998."
As urnas do Tio Sam são vulneráveis Por Raquel Melamet A menos de dois meses das eleições legislativas nos Estados Unidos, marcadas para 7 de novembro, um estudo realizado pelo professor Edward Felten, da Universidade de Princeton, no estado de Maryland, com o auxílio de dois estudantes, Ariel Feldman e Alex Halderman, caiu como uma bomba nos meios políticos norte-americanos. O trio de especialistas do Centro de Certificação de Tecnologia da Informação e do Departamento de Ciências da Computação da Universidade, uma das mais conceituadas do país, avaliou a segurança da urna eletrônica Diebold AccuVote-TS e concluiu que ela é vulnerável a diversos tipos de ataques ? em menos de 60 segundos, um hacker que tiver acesso físico à urna ou ao seu cartão de memória pode instalar um código malicioso ou vírus capaz de roubar votos sem ser detectado, além de alterar registros, logs e sistemas de contabilização de forma a que se adequem ao números desejados pelo fraudador. Também descobriram que é possível introduzir na máquina um vírus, que durante os procedimentos ao longo da votação vai se espalhando e contaminando as demais urnas. Atualmente, os comitês estaduais organizadores das eleições nos EUA contam com mais de 130 mil urnas da Diebold Election Systems ? um dos braços do grupo norte-americano de tecnologia Diebold, especializado em caixas eletrônicos ? espalhadas por todo o país, incluindo os estados da Georgia e de Maryland, onde foi feito o teste, com uma urna cedida por um colaborador não identificado. O episódio pode vir a ter reflexos no Brasil, onde a Diebold ? associada à Procomp, adquirida em outubro de 1999 ? é a principal fornecedora de urnas eletrônicas para o sistema de votação digital desde 1998. Só perdeu uma licitação, para a Unisys, em 2002. O Brasil acaba de ser escolhido para sediar a base latino-americana da Diebold, sob o comando do executivo João Abud. A empresa é a fornecedora de cerca de 60% dos 150 mil caixas eletrônicos (ATMs) existentes no País. A Diebold-Procomp tem 3,4 mil funcionários e é responsável por 15% do faturamento mundial da corporação, que alcançou US$ 2,6 bilhões em 2005, contra 5% a 6% de todos os demais países da América Latina somados. Em 2006, a Diebold espera crescer 17% no Brasil. A Justiça Eleitoral brasileira já emprestou urnas eletrônicas para eleições nos três níveis (municipal, estadual e federal) para vários países, como Paraguai, México, Argentina, Costa Rica, Honduras, Panamá e República Dominicana. Coréia do Sul e Nigéria estão na fila. Simples demais ? De acordo com os experts de Princeton, a simpática maquininha, com tela touch screen (sensível ao toque), é bem simples de operar, tanto para os eleitores como para mesários e supervisores ? basta inserir um cartão de liberação e tocar na tela a foto do candidato escolhido ou o texto a ser referendado. Mas é também, infelizmente, muito fácil de invadir. A fechadura da porta que guarda o cartão de memória da Diebold usada no teste pode ser aberta com uma cópia rústica da chave ou mesmo arrombada em poucos segundos e sem ruído (não há alarmes ou outro tipo de proteção). Também não há trancas ou alarmes que impeçam a remoção ou troca do cartão de memória. E se nada disso der certo, o fraudador só precisa virar a urna e remover os parafusos da parte inferior, tendo assim acesso a todo o mecanismo. Daí para introduzir os códigos maliciosos capazes de "enganar" o supervisor eleitoral no teste de funcionamento da urna antes do início da votação são apenas alguns segundos. Troca-se o cartão de memória original por outro que contém o software aparentemente original mas que está reprogramado para converter os votos de um candidato para outro. Os boletins de votação saem sem erros numéricos em relação à quantidade de eleitores e seus registros. Apenas o número de votos sai alterado, "migrando" votos de acordo com a orientação do fraudador. Felten e sua equipe colocaram na rede mundial de computadores um vídeo com o passo-a-passo da experiência, que pode ser visto no endereço http://itpolicy.princeton.edu/voting . Pesquisa ultrapassada ? No dia 13 de setembro, quando o relatório de Princeton foi divulgado, Dave Byrd, presidente da Diebold Election Systems ? parte do grupo de empresas de tecnologia especializado em caixas automáticos para bancos ? desqualificou o trabalho e seus realizadores, e afirmou que a urna testada apresenta um programa ultrapassado, que já tem duas versões posteriores e que não é mais usado em nenhum município americano. Segundo Byrd, o atual sistema tem "as mais avançadas técnicas de segurança digital, como criptografia de dados de 128 bits, cartões de memória com assinatura, encriptação de dados via Secure Socket Layer (SSL) para transmissão de resultados e senhas dinâmicas, entre outros recursos". No que diz respeito à transmissão de vírus de urna para urna, o presidente da Diebold qualificou a possibilidade de "irreal, visto que cada urna é uma unidade independente, não está em rede com as demais e nem está conectada à internet". Reincidência ? O que causa espanto, assim como as vulnerabilidades do sistema eleitoral da nação mais poderosa do mundo, é o fato de que a questão sequer é nova. Há três anos, Aviel Rubin, cientista e professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Johns Hopkins, divulgou um relatório apontando a fragilidade do software da Diebold. Segundo várias reportagens publicadas na imprensa americana, na eleição passada um dos principais dirigentes da Diebold era um dos arrecadadores de fundos da campanha dos republicanos, que saíram vitoriosos. Antes do teste em Princeton, dois outros relatórios ? um do Centro Brennan, da Faculdade de Direito de Nova York, e outro do Instituto de Ciência Eleitoral ? já haviam posto abaixo a credibilidade do sistema de votação eletrônica nos Estados Unidos. Entretanto, a cada novo escrutínio, mais Estados aderem ao sistema da companhia, que tem como slogan "Cada voto conta. Vamos contar cada voto". Oito em cada dez norte-americanos já votam em equipamentos digitais. Democracia em risco ? No último dia 20, em editorial intitulado "Democracia à Venda", o comentarista da rede de TV CNN Paul Dobbs fez duras críticas ao sistema digital de votação norte-americano e apontou suas falhas. Dobbs, que ficou meses investigando o assunto, lembrou que apenas 27 Estados têm leis específicas determinando a impressão do voto para conferência pelo eleitor, oito possuem urnas com impressoras mas não imprimem os votos e nos 15 Estados restantes não há leis sobre o tema ? o que estaria colocando em risco a democracia americana, já que a maioria dos eleitores não sabe o que a urna fez com seu toque na tela de cristal líquido. http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/678413.htm Diário do Comércio, 25/09/2006

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