*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Thursday, December 14, 2006

A máfia do transporte 'público' e outras peculiaridades.





"após a publicação da matéria Setransp diz que aumento da passagem é necessário o Portal Infonet recebeu um email de um internauta questionando o aumento da tarifa de ônibus. Para torná-lo de conhecimento da população decidimos pela publicação na íntegra do texto enviado por Fernando Correia, que você confere abaixo"

Matéria original: http://www.infonet.com.br/noticias/ler.asp?id=53177&titulo=politicaeeconomia Resposta publicada: http://www.infonet.com.br/noticias/ler.asp?id=53184&titulo=Noticias

De acordo com a planilha de custos da própria Setransp, as empresas de ônibus que rodam em Aracaju têm um lucro líquido de 10 milhões de reais/mês. Só partindo deste princípio, qualquer argumento deste sindicato já pode ser derrubado, posto que a lógica do transporte público não é a de se obter lucro. Mas, como funcionaria a Setransp e qualquer empresa privada que presta serviços ao poder público, se este, por sua vez, não obtém lucro? Simples. O sistema ideal para a capital sergipana deveria ser o que já foi implantado em São Paulo, em 1991, quando Lúcio Gregori foi secretário municipal de Transportes na gestão da então petista Luiza Erundina. Lúcio defendia que a prefeitura separasse o custo dos ônibus do preço da tarifa para poder preparar o subsídio chamado Tarifa Zero. A idéia era que a prefeitura contratasse o serviço de algumas empresas de ônibus, por um valor pré-estabelecido em seu orçamento, de modo que a tarifa deixasse de ser o determinante da qualidade e do acesso a este serviço. Não era ônibus de graça, esse ônibus teria um custo. Mas era um ônibus com tarifa zero. Tal política poderia perfeitamente ser aplicada aqui em Aracaju. A municipalização é, aliás, uma das bandeiras que movimentos como o Passe Livre levantam. Não só no âmbito desta capital, como em todo o país. Situações como a de senhora Nilza Batista, entrevistada na matéria, são cada vez mais freqüentes. O transporte público é o terceiro maior gasto para uma família (segundo dados do IBGE), atrás somente da moradia e alimentação. E não só isso, o transporte "público privado", em Aracaju, teve um reajuste de 120% em menos de 10 anos. O que custava 60 centavos em 1996, passou a custar 1,55 em 2006 (imagine se subir mais!). Esta lógica do aumento só causa duas coisas: Primeiro: A evasão do transporte público. Ou seja, quem não pode acompanhar o valor das novas tarifas, simplesmente para de usar os ônibus como meio de locomoção. Demonstração disso é que em 2003, na capital, o transporte "público" foi utilizado 24 milhões de vezes. Já em 2005, foi utilizado apenas 13 milhões de vezes. Ou seja, uma queda de 11 milhões de usuários em apenas dois anos. Segundo: O aperto, maior ainda, nas classes que necessitam do uso do ônibus diariamente. Ou seja, certas camadas sociais simplesmente não podem deixar de utilizar o ônibus, pois eles propiciam o transporte diário ao trabalho, lazer, educação ou qualquer outra atividade. Como o dinheiro para o ônibus tem de ficar maior, outras coisas são poupadas. O nome brasileiro ônibus, tem como origem o termo omnibus, que significa "para todos". Conclui-se, portanto, que o significado real desta palavra já se perdeu há muito. Ônibus não são mais para todos. O que a SMTT - cúmplice da máfia dos transportes - quer é nada mais do que manter esta mesma lógica capitalista, a qual privilegia quem muito já tem. Com a proposta da redução dos tributos, Bosco Mendonça apenas estará barateando os custos das empresas sem licitação, para elas, logo depois, justificarem o aumento com novas desculpas: nova frota, recursos humanos, etc. Aliás, o que tais recursos humanos abrangem, eu não sei, vimos neste segundo semestre, várias greves e revoltas partindo de cobradores e motoristas EXPLORADOS. E não há outra palavra, são explorados mesmo. Outro argumento que a Setransp adora é o de que Aracaju tem a terceira tarifa mais barata do Brasil. Ledo engano. Aracaju tem a tarifa MAIS CARA do Brasil em proporções geográficas. Ou seja, na relação distância x preço. Os problemas do transporte não são poucos, estes já falados não são nem um terço da situação que Aracaju ostenta. Ônibus que operam a vinte anos (o limite seria de sete anos); benefícios como a meia-passagem e passe-livre para policiais, deficientes, idosos e etc são custeados no valor de tarifa. Justificativa? "Paga quem usa", é o que dizem. Um grande equívoco, este, afinal, que pague quem se beneficie, e não nós, usuários. Ao que parece, esta máfia dos transportes que nos enganam há anos, continuarão a tentar nos ludibriar por mais tempo. O que faremos? Quais as nossas atitudes diante desta exploração? Nesta esfera, movimentos que buscam o verdadeiro transporte público, que buscam a redemocratização do sistema, que buscam a municipalização do transporte e que exigem o que já ta na lei (o passe livre), são totalmente válidos e necessários. Qualquer outra solução é falsa, e só fará empurrar o problema com a barriga para que outro prefeito resolva; enquanto a própria população na tiver total controle sobre os transportes (ou consciência do que se passa nele), será inviável um transporte verdadeiramente democrático." Colaboração de Fernando Correia, 17 anos, secundarista e militante do Movimento Passe Livre desde 2004
Email:: fernandocorreia@gmail.com

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