Fidel Castro alerta sobre ameaças à espécie humana 01/01/08

http://www.youtube.com/watch?v=e9XmyEcLvKs
Em uma mensagem dirigida à décima sessão ordinária da sexta legislatura na última quinta-feira (27), o presidente cubano, Fidel Castro, destacou a resistência de Cuba durante quase meio século ao império mais poderoso que existiu na história, e também alertou sobre os grandes perigos que ameaçam a espécie humana.

20h:40
Companheiros da Assembléia Nacional:O vosso trabalho é muito duro. Perante as necessidades acumuladas e crescentes que a nossa sociedade herdou da neocolônia ianque em 1 de Janeiro de 1959, muitos sonhávamos criar um país com justiça plena e independência total. Na luta árdua e desigual, chegou uma altura em que ficamos sozinhos.Resulta legítimo o nosso orgulho quando estamos próximos de completar 50 anos da vitória, porque temos resistido durante quase meio século o império mais poderoso que foi criado na história. Na proclama que subscrevi a 31 de Julho de 2006, nenhum de vocês viu jamais nenhum acto de nepotismo nem usurpação das funções do Parlamento. Nesse ano difícil e ao mesmo tempo prometedor da Revolução, a unidade do povo, do Partido e do Estado eram requisito essencial para continuar avante e encarar a ameaça declarada duma intervenção militar inimiga por parte dos Estados Unidos da América.Na visita feita pelo companheiro Raúl, no passado dia 24 de Dezembro, a vários distritos do Município que me fez a honra de me postular como candidato ao Parlamento, constatou que todos os membros do grupo numeroso da candidatura da população que abrangia o distrito, que no passado fora famoso pela sua combatividade, ainda que de muito baixa escolaridade, eram formados de alto nível, o que lhe emocionou profundamente, como ele próprio narrou à nossa televisão.Os quadros do Partido, do Estado, do Governo e as organizações de massas se enfrentam a novos problemas, no seu tratamento com o povo inteligente, observador e culto, que detesta os entraves burocráticos e as explicações mecânicas. No fundo, cada cidadão leva a cabo a sua própria batalha contra a tendência inata do ser humano a seguir o instinto de sobrevivência, uma lei natural que rege a vida.




Poucas pessoas conhecem estes dados. O próprio sistema económico que impôs o esbanjamento insustentável de energia impede que esse livro de Stiglitz seja divulgado: sua magnífica edição limita-se a uns poucos milhares para garantir as ganâncias. É uma exigência do mercado sem o qual a empresa editora não poderia existir.Actualmente sabe-se que a vida na terra tem sido protegida pela camada de ozónio, localizada no anel exterior entre 15 e 50 quilómetros de altura na zona conhecida como estratosfera, que serve de escudo ao planeta contra as radiações solares que podem ser daninhas. Há gases de efeito estufa que têm maior poder de aquecimento que o dióxido de carbono e ampliam o buraco da camada de ozónio sobre a Antártida, que cada primavera perde até 70 por cento do seu volume, um fenômeno provocado pelo homem que tem lugar progressivamente. Para poder ter uma ideia esclarecida, é suficiente salientar que a média de carbono perca pita emitida pelo mundo é de 4.37 toneladas métricas. No caso dos Estados Unidos a média é de 20.14, quase cinco vezes a mais. Na África é de 1.17, na Ásia e Oceânia, 2.87.Resumindo, a camada de ozónio, protege a visão, a pele e a vida dos seres humanos das radiações ultravioletas e calóricas que afectam o sistema imunológico. Em condições extremas, se essa camada for destruída pelo homem, afectaria toda forma de vida no planeta.Outros problemas alheios a nossa pátria, ou a outra qualquer em condições similares, nos ameaçam. Uma contra-revolução vitoriosa seria horrível, pior do que a tragédia sofrida pela Indonésia. Sukarno, derrocado em 1967, foi um líder nacionalista que desde posições leais à Indonésia dirigiu as guerrilhas que lutaram contra os japoneses.O General Suharto, que o derrocou, foi treinado pelos ocupantes japoneses. Finalizada a Segunda Guerra Mundial, a Holanda, aliada dos Estados Unidos, restabeleceu o seu domínio sobre aquele longínquo, extenso e populoso território. Suharto manobrou. Fez suas as bandeiras do imperialismo ianque. Levou a cabo um cruel genocídio. Hoje se sabe que cumprindo instruções da CIA, não só matou centenas de milhares, mas também prendeu um milhão de comunistas e privou-os junto dos seus descendentes, de toda propriedade e direitos; acumulou uma fortuna familiar de 40 mil milhões de dólares que segundo o valor actual dessa moeda seria equivalente a centenas de milhares de milhões pela entrega dos recursos naturais e do suor dos indonésios. Ocidente pagou. O texano Lyndon Johnson, sucessor de Kennedy, era o presidente dos Estados Unidos.As notícias que chegaram hoje a respeito do acontecido no Paquistão são mais outro exemplo dos perigos que ameaçam a espécie: o conflito interno, num país que possui armas nucleares. Isso e consequência das políticas aventureiras e as guerras provocadas pelos Estados Unidos para se apoderar dos recursos naturais do mundo. Esse país, envolvido num conflito que não provocou, foi ameaçado com ser levado à idade de pedra.



Nem um só dia da minha vida deixei de aprender alguma coisa.Martí nos ensinou que "toda a glória do mundo cabe em um grão de milho". Tenho dito e repetido muita vezes aquela verdadeira cátedra de ética contida em apenas 11 palavras.
Os Cinco Heróis cubanos prisioneiros do império são paradigmas que as novas gerações devem imitar.Felizmente as condutas exemplares sempre se multiplicam na consciência dos povos, enquanto exista nossa espécie.Estou certo de que muitos jovens cubanos, na sua luta contra o Gigante das Sete Léguas, fariam o mesmo. Tudo pode ser comprado com dinheiro menos a alma de um povo que jamais se colocou de joelhos.Li o discurso breve e concreto de Raúl, o qual me enviou com antecedência. É preciso continuar a marcha sem nos deter um minuto. Alçarei minha mão junto à de vocês para o apoiar.Fidel Castro Ruz

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