Helicópteros de Ataque Mais que uma Licitação Decisão nas Próximas Semanas 17/04/08
Em dia nada propício, era um primeiro de abril, mas que tem sido desmentido pelos fatos e ações, a FAB recebeu as propostas finais da licitação de helicópteros de ataque iniciada em 2007. O ritmo, e o mais expressivo, a manutenção das datas tem surpreendido positivamente aos participantes.
O ritmo dado à licitação manteve as empresas participantes ativas inclusive durante o período das festas de passagem de ano. Equipes da FAB já estiveram na Rússia e Itália pilotando os modelos que foram selecionados para a competição final.
Os Finalistas:Eram quatro modelos que foram apresentados para a licitação: o russo Mi-35M, o Eurocopter Tigre e dois da AgustaWestland o AW-109LUH e AW-129. Dois modelos foram selecionados para a fase final: o ítalo AgustaWestland AW-129 e o russo Rostvertol Mi-35M. Para o Mi-35M não há surpresas, mas o outsider AW129 cresceu e tem reais chances dar um gosto amargo à vodka e caviar russo.Após a vitória na Turquia, em 2007, o AW-129 teve sua carreira no mercado internacional renascida com ímpeto.. O AW-129 deverá ocupar um espaço no mercado internacional com um posicionamento de um aparelho de excelente performance a um custo de aquisição e operação menor que os top do mercado: o Boeing AH-64D Apache e o Eurocopter Tigre e o novo russo Mi-28 e compatível de enfrentar o Mi-35M em termos de custo. O conhecido Mi-35M está operando na Venezuela batizado como Caribe. Baseado no Mi-24 Hind um projeto de sucesso da antiga União Soviética dos quais vários milhares foram produzidos. O Mi-35M é uma versão modernizada para exportação com nova aviônica e motores com maior potência além de uma maior gama de armas que pode carregar.Os eliminados foram o Eurocopter Tigre, que tinha poucas chances, não pelas qualidades técnicas ou performance, mas devido ao seu elevado custo unitário. O AgustaWestland AW109LUH ao contrário foi apresentado como uma proposta de baixo custo para enfrentar diretamente o Mi-35M.O Xadrez das Asas Rotatórias:A licitação dos helicópteros de ataque continua, porém o governo manteve em suspenso a licitação para os helicópteros de transporte. Aqui começa uma complexa partida de xadrez jogada na: FAB, Ministério da Defesa, Governo, incluindo o próprio Palácio do Planalto e grupos industriais nacionais e estrangeiros.O governo menciona que a licitação dos helicópteros de transporte será mantida em suspenso até que saia uma definição das propostas apresentadas pelo grupo EADS/Eurocopter para a instalação de uma linha de produção no Brasil do helicóptero de transporte Super Cougar.Foi montado um Grupo de Trabalho Interministerial (Ministérios da Defesa e da Indústria e Comércio) para avaliar a proposta. Os três Comandos Militares participam do GTI através dos seus centros de aviação. Também a área financeira está presente com o BNDES e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) .Há uma certa impaciência russa pois o que membros da administração brasileira ao fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio tinham sinalizado ao governo russo era de um processo relativamente tranqüilo com o casamento de interesses brasileiros e russos: exportação de carnes e derivados do Brasil e a venda de produtos de defesa pela Rússia.Porém foram atropelados pela proposta do grupo EADS e também pelas diversas rearticulações que estão ocorrendo na base da indústria de defesa da Rússia na preparação da passagem do governo Putin para o de Medvedev.Os russos sempre consideram que o primeiro negócio na área de defesa de um país é sempre através dos helicópteros. Na Venezuela os primeiros produtos a serem negociados e recebidos foram os helicópteros Mi-35M e o Mi-17.Para o grupo AgustaWestland considerado como um outsider viu ser alçado em paridade com o Mi-35M e poder ganhar uma concorrência que nem estava em suas pretensões. Também o reforça para outras batalhas no Brasil e na América Latina.
A decisão:A FAB anuncia a decisão para fins de Abril ou início de Maio o que pela história recente desta licitação é bem plausível de realmente acontecer. Porém a decisão talvez não fique só no âmbito das avaliações: técnicas, operacionais e financeiras. Há uma série de desdobramentos possíveis na escolha do modelo de helicóptero de ataque da FAB, listamos alguns:1 – A escolha de um helicóptero russo tiraria um pouco da pressão sobe o governo para maiores compras da Rússia;2 - Por outro lado poderia indicar que o Brasil estaria na órbita do Presidente Hugo Chávez;3 – A escolha de um helicóptero italiano seria interessante porém reforçaria as pressões russas, e um possível embargo às exportações de carne brasileira para a Rússia, e, 4 – Para os fabricantes ocidentais: Bell, Boeing, Sikorsky e Eurocpter a escolha da AgustaWestland seria entronizar um duro concorrente no mercado internacional.Uma visão da própria licitação vem da Rússia, com ironia e certo constrangimento, um representante do complexo industrial de defesa russo afirmou à DEFESANET, durante a FIDAE 2008, recém realizada no Chile: “As vendas de nossas armas para a Venezuela abriram o mercado da América Latina aos nossos concorrentes”.Portanto a decisão não estará só na performance, apoio logístico e custos dos modelos, mas no caminho de longo prazo que o governo brasileiro projeta à frente entre estes o programa de caça F-X2. A decisão desta licitação sinalizará vários cenários futuros tanto no campo de asas rotativas como outros projetos de defesa.
O ritmo dado à licitação manteve as empresas participantes ativas inclusive durante o período das festas de passagem de ano. Equipes da FAB já estiveram na Rússia e Itália pilotando os modelos que foram selecionados para a competição final.
Os Finalistas:Eram quatro modelos que foram apresentados para a licitação: o russo Mi-35M, o Eurocopter Tigre e dois da AgustaWestland o AW-109LUH e AW-129. Dois modelos foram selecionados para a fase final: o ítalo AgustaWestland AW-129 e o russo Rostvertol Mi-35M. Para o Mi-35M não há surpresas, mas o outsider AW129 cresceu e tem reais chances dar um gosto amargo à vodka e caviar russo.Após a vitória na Turquia, em 2007, o AW-129 teve sua carreira no mercado internacional renascida com ímpeto.. O AW-129 deverá ocupar um espaço no mercado internacional com um posicionamento de um aparelho de excelente performance a um custo de aquisição e operação menor que os top do mercado: o Boeing AH-64D Apache e o Eurocopter Tigre e o novo russo Mi-28 e compatível de enfrentar o Mi-35M em termos de custo. O conhecido Mi-35M está operando na Venezuela batizado como Caribe. Baseado no Mi-24 Hind um projeto de sucesso da antiga União Soviética dos quais vários milhares foram produzidos. O Mi-35M é uma versão modernizada para exportação com nova aviônica e motores com maior potência além de uma maior gama de armas que pode carregar.Os eliminados foram o Eurocopter Tigre, que tinha poucas chances, não pelas qualidades técnicas ou performance, mas devido ao seu elevado custo unitário. O AgustaWestland AW109LUH ao contrário foi apresentado como uma proposta de baixo custo para enfrentar diretamente o Mi-35M.O Xadrez das Asas Rotatórias:A licitação dos helicópteros de ataque continua, porém o governo manteve em suspenso a licitação para os helicópteros de transporte. Aqui começa uma complexa partida de xadrez jogada na: FAB, Ministério da Defesa, Governo, incluindo o próprio Palácio do Planalto e grupos industriais nacionais e estrangeiros.O governo menciona que a licitação dos helicópteros de transporte será mantida em suspenso até que saia uma definição das propostas apresentadas pelo grupo EADS/Eurocopter para a instalação de uma linha de produção no Brasil do helicóptero de transporte Super Cougar.Foi montado um Grupo de Trabalho Interministerial (Ministérios da Defesa e da Indústria e Comércio) para avaliar a proposta. Os três Comandos Militares participam do GTI através dos seus centros de aviação. Também a área financeira está presente com o BNDES e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) .Há uma certa impaciência russa pois o que membros da administração brasileira ao fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio tinham sinalizado ao governo russo era de um processo relativamente tranqüilo com o casamento de interesses brasileiros e russos: exportação de carnes e derivados do Brasil e a venda de produtos de defesa pela Rússia.Porém foram atropelados pela proposta do grupo EADS e também pelas diversas rearticulações que estão ocorrendo na base da indústria de defesa da Rússia na preparação da passagem do governo Putin para o de Medvedev.Os russos sempre consideram que o primeiro negócio na área de defesa de um país é sempre através dos helicópteros. Na Venezuela os primeiros produtos a serem negociados e recebidos foram os helicópteros Mi-35M e o Mi-17.Para o grupo AgustaWestland considerado como um outsider viu ser alçado em paridade com o Mi-35M e poder ganhar uma concorrência que nem estava em suas pretensões. Também o reforça para outras batalhas no Brasil e na América Latina.
A decisão:A FAB anuncia a decisão para fins de Abril ou início de Maio o que pela história recente desta licitação é bem plausível de realmente acontecer. Porém a decisão talvez não fique só no âmbito das avaliações: técnicas, operacionais e financeiras. Há uma série de desdobramentos possíveis na escolha do modelo de helicóptero de ataque da FAB, listamos alguns:1 – A escolha de um helicóptero russo tiraria um pouco da pressão sobe o governo para maiores compras da Rússia;2 - Por outro lado poderia indicar que o Brasil estaria na órbita do Presidente Hugo Chávez;3 – A escolha de um helicóptero italiano seria interessante porém reforçaria as pressões russas, e um possível embargo às exportações de carne brasileira para a Rússia, e, 4 – Para os fabricantes ocidentais: Bell, Boeing, Sikorsky e Eurocpter a escolha da AgustaWestland seria entronizar um duro concorrente no mercado internacional.Uma visão da própria licitação vem da Rússia, com ironia e certo constrangimento, um representante do complexo industrial de defesa russo afirmou à DEFESANET, durante a FIDAE 2008, recém realizada no Chile: “As vendas de nossas armas para a Venezuela abriram o mercado da América Latina aos nossos concorrentes”.Portanto a decisão não estará só na performance, apoio logístico e custos dos modelos, mas no caminho de longo prazo que o governo brasileiro projeta à frente entre estes o programa de caça F-X2. A decisão desta licitação sinalizará vários cenários futuros tanto no campo de asas rotativas como outros projetos de defesa.
1 Comments:
At 11/27/2008, Anonymous said…
Gostaria que estas aeronaves protegessem a Amazonia de seus predadores.
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