UE abre caminho para entrada da Sérvia no bloco 29/04/08

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"Os sérvios foram os ossos mais duros que tivemos que roer, mas conseguimos", diz Dimitri Rupel, ministro esloveno do Exterior. As complicações a que Rupel se refere dizem respeito à assinatura do Acordo de Estabilização e Associação da União Européia com a Sérvia, enfim selado pelos 27 países-membros nesta terça-feira (29/04), em Luxemburgo. Com isso, as portas do bloco se abrem para um possível ingresso do país na UE."Assinamos. Isso representa uma grande oportunidade para a Sérvia e é um sério sinal de que o país vem ao nosso encontro para se tornar membro da UE", afirma Rupel. Com o gesto, a União Européia incentiva os eleitores sérvios, que vão às urnas em eleições antecipadas no próximo 11 de maio, a votarem num partido que demonstre simpatia pela proximidade com o bloco europeu.


Vuk Jeremic, ministro sérvio do Exterior com posições claramente pró-ocidentais, elogiou as decisões da UE após a noite de negociações, da qual ele próprio participou. "Será um grande passo histórico, se a Sérvia também assinar o acordo. O caminho para o ingresso no bloco estará trilhado. A implementação do plano está estreitamente ligada às próximas eleições do dia 11 de maio. O pleito será um plebiscito a respeito da entrada do país na UE. Os eleitores vão tomar a decisão", observa Jeremic. Dúvidas sobre extradição:A Sérvia, afirma Jeremic, está fazendo de tudo para que os criminosos de guerra ainda foragidos sejam extraditados. Os governos da Holanda e da Bélgica manifestam, contudo, grandes dúvidas a esse respeito. Para os outros países-membros do bloco, parece que garantir a estabilidade da Sérvia é, no momento, mais importante que exigir a extradição.O coligação de governo em Belgrado desmoronou após a recente declaração de independência do Kosovo, o que levou à antecipação das eleições para 11 de maio próximo. A União Européia teme, porém, que os eleitores optem por forças radicais nacionalistas.O efeito do pacto de estabilização e associação, que prevê uma estreita cooperação econômica e política com o país, além de abrir o caminho para o ingresso na UE, é convencer a população a votar em forças moderadas.Kosovo: decisão não unânime:Uma ratificação do tratado por parte da UE não deverá, por exemplo, acontecer caso o partido de Vojislav Kostunica, premiê que reunciou recentemente, saia vencedor do pleito. Kostunica declarou na última segunda-feira (28/04) que o tratado com a UE vai de encontro à Constituição sérvia, por reconhecer um "país ilegal", ou seja, o Kosovo.Até hoje, o Kosovo foi reconhecido por 39 países. Em relação a seu desmembramento, que aconteceu sem o aval da Sérvia, não há uma postura coesa da UE. Apenas 18 dos 27 dos países-membros do bloco reconheceram até agora a independência da ex-província sérvia.Os que se opõem terminantemente – Espanha, Romênia, Chipre, Grécia e Eslováquia – afirmam que a declaração kosovar desrespeita o Direito Internacional. Os outros do grupo de nove nações ou estão indecisos ou ainda preparam o reconhecimento.

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