*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

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Tuesday, April 29, 2008

UE abre caminho para entrada da Sérvia no bloco 29/04/08

(Cartaz de busca de Ratko Mladic em Belgrado)
international
revolutionhttp://br.youtube.com/watch?v=wpKRd2xQeq8
Assinatura de acordo entre UE e Sérvia é primeiro passo em direção a possível ingresso do país no bloco, que só se dará se Belgrado "extraditar criminosos de guerra para o Tribunal de Haia".
"Os sérvios foram os ossos mais duros que tivemos que roer, mas conseguimos", diz Dimitri Rupel, ministro esloveno do Exterior. As complicações a que Rupel se refere dizem respeito à assinatura do Acordo de Estabilização e Associação da União Européia com a Sérvia, enfim selado pelos 27 países-membros nesta terça-feira (29/04), em Luxemburgo. Com isso, as portas do bloco se abrem para um possível ingresso do país na UE."Assinamos. Isso representa uma grande oportunidade para a Sérvia e é um sério sinal de que o país vem ao nosso encontro para se tornar membro da UE", afirma Rupel. Com o gesto, a União Européia incentiva os eleitores sérvios, que vão às urnas em eleições antecipadas no próximo 11 de maio, a votarem num partido que demonstre simpatia pela proximidade com o bloco europeu.
Resistência holandesa:Entre os países-membros da UE, a Holanda foi a última a ser convencida a assinar o acordo com a Sérvia. O governo holandês insistiu até há pouco que a Sérvia deveria, primeiro, extraditar ao Tribunal Internacional de Haia todos os criminosos de guerra que estão sendo procurados.O ministro holandês das Relações Exteriores, Maxime Verhagen, conseguiu fazer com que pelo menos a ratificação do acordo fique atrelada à extradição dos criminosos de guerra a Haia."Se houver um acordo, é necessário que a premissa seja a de que a Sérvia terá que cooperar com o Tribunal. Enquanto isso não acontecer, eles também não poderão tirar qualquer proveito do tratado. A Sérvia terá que fazer tudo para que a caçada a Ratko Mladic continue até que ele seja detido", declara Verhagen.
(Ruas de Belgrado. Ao fundo, os dizeres pichados: 'UE? Não, obrigado'. Abaixo: 'Sérvia - Rússia')Eleições à vista:A intenção de forçar Belgrado a cooperar com Haia é também confirmada por Rupel. "Os países-membros assinam o acordo, mas a implementação do mesmo irá naturalmente depender de como o Conselho de Ministros irá julgar a futura cooperação do país com o Tribunal", diz o ministro esloveno.
Vuk Jeremic, ministro sérvio do Exterior com posições claramente pró-ocidentais, elogiou as decisões da UE após a noite de negociações, da qual ele próprio participou. "Será um grande passo histórico, se a Sérvia também assinar o acordo. O caminho para o ingresso no bloco estará trilhado. A implementação do plano está estreitamente ligada às próximas eleições do dia 11 de maio. O pleito será um plebiscito a respeito da entrada do país na UE. Os eleitores vão tomar a decisão", observa Jeremic. Dúvidas sobre extradição:A Sérvia, afirma Jeremic, está fazendo de tudo para que os criminosos de guerra ainda foragidos sejam extraditados. Os governos da Holanda e da Bélgica manifestam, contudo, grandes dúvidas a esse respeito. Para os outros países-membros do bloco, parece que garantir a estabilidade da Sérvia é, no momento, mais importante que exigir a extradição.O coligação de governo em Belgrado desmoronou após a recente declaração de independência do Kosovo, o que levou à antecipação das eleições para 11 de maio próximo. A União Européia teme, porém, que os eleitores optem por forças radicais nacionalistas.O efeito do pacto de estabilização e associação, que prevê uma estreita cooperação econômica e política com o país, além de abrir o caminho para o ingresso na UE, é convencer a população a votar em forças moderadas.Kosovo: decisão não unânime:Uma ratificação do tratado por parte da UE não deverá, por exemplo, acontecer caso o partido de Vojislav Kostunica, premiê que reunciou recentemente, saia vencedor do pleito. Kostunica declarou na última segunda-feira (28/04) que o tratado com a UE vai de encontro à Constituição sérvia, por reconhecer um "país ilegal", ou seja, o Kosovo.Até hoje, o Kosovo foi reconhecido por 39 países. Em relação a seu desmembramento, que aconteceu sem o aval da Sérvia, não há uma postura coesa da UE. Apenas 18 dos 27 dos países-membros do bloco reconheceram até agora a independência da ex-província sérvia.Os que se opõem terminantemente – Espanha, Romênia, Chipre, Grécia e Eslováquia – afirmam que a declaração kosovar desrespeita o Direito Internacional. Os outros do grupo de nove nações ou estão indecisos ou ainda preparam o reconhecimento.


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