Do Brasil,alertam que é possível uma invasão norte-americana na Amazônia e na Patagônia - Declaração de Luiz Alberto Moniz Bandeira .14/06/07
A primeira hipótese de conflito das forças armadas do Brasil é "a invasão da Amazônia pelos Estados Unidos, porque essa ameaça é possível, como também a da ocupação da Patagônia", alertou Luiz Alberto Moniz Bandeira, um dos acadêmicos mais respeitados pelo Itamaraty, a Chancelaria brasileira.Entretanto, o reconhecido politólogo e historiador disse, em entrevista para Telam, não saber "se existe (realmente) um objetivo de ocupá-la" e chamou a atenção sobre o fato de que "uma guerra na selva para ocupar a Amazônia é muito difícil para um exército estrangeiro".
Da mesma forma, Moniz Bandeira, que veio a Buenos Aires apresentar seu novo livro, "A formação do império americano" – no qual prognostica a "decadência" dos Estados Unidos em "algumas poucas décadas"-, considerou também "muito difícil que Washington possa atacar a Venezuela".Fundamentou essa avaliação no fato de que uma tentativa de ocupação da Venezuela "teria imensas repercussões sobre os preços internacionais do petróleo, que iriam às nuvens", raciocínio que estendeu a uma ação similar contra o Irã, porque neste caso "levaria (além disso) a uma conflagração em todo o Oriente Médio".
As forças armadas norte-americanas "não existem para a defesa das fronteiras nacionais (daquele país), mas sim para a dominação planetária e a agressão, para assegurar fontes de energia e de matérias-primas", afirma o intelectual em seu livro, em que define Washington como império principalmente por esse traço.Também previne sobre a "implantação (nos Estados Unidos) de uma ditadura, sustentada pelo complexo industrial-militar, mediante a contínua disseminação do medo e a manipulação do estado de guerra. Foi assim que (Adolph) Hitler manipulou e instituiu o III Reich".
Nesse marco, Moniz Bandeira assinalou a esta agência que "o Brasil não pode ignorar os Estados Unidos, mas isto é muito diferente de ser seu serviçal”, e acrescentou que Washington "tampouco pode desconhecer o Brasil", como, segundo pensa, ficou demonstrado na última viagem do presidente George W. Bush ao fazer escala em Brasília. O reconhecido intelectual afirmou que o recente “contra-giro” do mandatário venezuelano Hugo Chávez, paralelo à viagem do presidente norte-americano, "deu a Bush muita importância", mas enfatizou que "não há nenhuma disputa de hegemonia entre a Venezuela e Brasil"."É muito bom que a Venezuela tenha se incorporado ao Mercosul. É um avanço, como o será quando se incorporarem a Bolívia, o Equador...", salientou, e destacou que "não existe nenhuma competição entre a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) e a união aduaneira" que representa o bloco regional.
Sublinhou que a "Venezuela tem a ALBA, é um problema deles com Cuba, Bolívia, Equador. É uma política de cooperação assistencialista. Brasil e Argentina não se somarão, mas não há nenhum conflito da ALBA com o Mercosul".Explicou que Caracas tem 35 bilhões de dólares de reservas e Brasília mais de 102 bilhões, "mas o Brasil não pode fazer o que Chávez faz. Se (o presidente Luiz Inácio) Lula (da Silva) comprasse bônus da Argentina, como a Venezuela, sofreria um impeachment (julgamento político)"."Não há nenhuma competição (entre Brasil e Venezuela); existem, sim, contradições. São países diferentes, a Venezuela abastece 15 por cento do petróleo dos Estados Unidos, e o Brasil está em vias de ser um país industrializado", sintetizou.O intelectual brasileiro também reconheceu que existem projetos de integração regional sobre temas militares de Defesa. "Sim, isto é assim; é o que está se tratando, ainda que não conheça os detalhes", disse.
Moniz Bandeira, que palestrou esta semana sobre seu livro no Conselho Argentino para as Relações Internacionais (CARI) e na CGT, considerou "suspeito" que Bush tivesse dedicado dois dias de sua viagem ao Uruguai, "país que não tem nenhuma importância econômica para os Estados Unidos".
Também diminuiu a importância dos acordos de Washington e Brasília sobre os biocombustíveis, porque "o Brasil tem uma tecnologia melhor e mais barata que os Estados Unidos, e Bush não vai abolir o imposto" para a importação de etanol brasileiro.O que, sim, interessou ao dirigente norte-americano, assinalou, é que empresas de seu país participem, no Brasil, das empresas locais que produzem etanol da cana-de-açúcar.Para o politólogo, autor cujos livros (alguns) são de leitura obrigatória nas forças armadas do Brasil, a viagem de Bush só teve objetivos de "política interna", fazendo uma referência ao voto hispânico nos Estados Unidos: "não tinha o que fazer nem onde ir e veio à América Latina", ironizou.
a guerra ideológica começou.
Da mesma forma, Moniz Bandeira, que veio a Buenos Aires apresentar seu novo livro, "A formação do império americano" – no qual prognostica a "decadência" dos Estados Unidos em "algumas poucas décadas"-, considerou também "muito difícil que Washington possa atacar a Venezuela".Fundamentou essa avaliação no fato de que uma tentativa de ocupação da Venezuela "teria imensas repercussões sobre os preços internacionais do petróleo, que iriam às nuvens", raciocínio que estendeu a uma ação similar contra o Irã, porque neste caso "levaria (além disso) a uma conflagração em todo o Oriente Médio".
As forças armadas norte-americanas "não existem para a defesa das fronteiras nacionais (daquele país), mas sim para a dominação planetária e a agressão, para assegurar fontes de energia e de matérias-primas", afirma o intelectual em seu livro, em que define Washington como império principalmente por esse traço.Também previne sobre a "implantação (nos Estados Unidos) de uma ditadura, sustentada pelo complexo industrial-militar, mediante a contínua disseminação do medo e a manipulação do estado de guerra. Foi assim que (Adolph) Hitler manipulou e instituiu o III Reich".
Nesse marco, Moniz Bandeira assinalou a esta agência que "o Brasil não pode ignorar os Estados Unidos, mas isto é muito diferente de ser seu serviçal”, e acrescentou que Washington "tampouco pode desconhecer o Brasil", como, segundo pensa, ficou demonstrado na última viagem do presidente George W. Bush ao fazer escala em Brasília. O reconhecido intelectual afirmou que o recente “contra-giro” do mandatário venezuelano Hugo Chávez, paralelo à viagem do presidente norte-americano, "deu a Bush muita importância", mas enfatizou que "não há nenhuma disputa de hegemonia entre a Venezuela e Brasil"."É muito bom que a Venezuela tenha se incorporado ao Mercosul. É um avanço, como o será quando se incorporarem a Bolívia, o Equador...", salientou, e destacou que "não existe nenhuma competição entre a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) e a união aduaneira" que representa o bloco regional.
Sublinhou que a "Venezuela tem a ALBA, é um problema deles com Cuba, Bolívia, Equador. É uma política de cooperação assistencialista. Brasil e Argentina não se somarão, mas não há nenhum conflito da ALBA com o Mercosul".Explicou que Caracas tem 35 bilhões de dólares de reservas e Brasília mais de 102 bilhões, "mas o Brasil não pode fazer o que Chávez faz. Se (o presidente Luiz Inácio) Lula (da Silva) comprasse bônus da Argentina, como a Venezuela, sofreria um impeachment (julgamento político)"."Não há nenhuma competição (entre Brasil e Venezuela); existem, sim, contradições. São países diferentes, a Venezuela abastece 15 por cento do petróleo dos Estados Unidos, e o Brasil está em vias de ser um país industrializado", sintetizou.O intelectual brasileiro também reconheceu que existem projetos de integração regional sobre temas militares de Defesa. "Sim, isto é assim; é o que está se tratando, ainda que não conheça os detalhes", disse.
Moniz Bandeira, que palestrou esta semana sobre seu livro no Conselho Argentino para as Relações Internacionais (CARI) e na CGT, considerou "suspeito" que Bush tivesse dedicado dois dias de sua viagem ao Uruguai, "país que não tem nenhuma importância econômica para os Estados Unidos".
Também diminuiu a importância dos acordos de Washington e Brasília sobre os biocombustíveis, porque "o Brasil tem uma tecnologia melhor e mais barata que os Estados Unidos, e Bush não vai abolir o imposto" para a importação de etanol brasileiro.O que, sim, interessou ao dirigente norte-americano, assinalou, é que empresas de seu país participem, no Brasil, das empresas locais que produzem etanol da cana-de-açúcar.Para o politólogo, autor cujos livros (alguns) são de leitura obrigatória nas forças armadas do Brasil, a viagem de Bush só teve objetivos de "política interna", fazendo uma referência ao voto hispânico nos Estados Unidos: "não tinha o que fazer nem onde ir e veio à América Latina", ironizou.
a guerra ideológica começou.
1 Comments:
At 10/15/2008, Pedro said…
Tiraram o vídeo do youtube!! Será que algum agente secreto americano fez isso?
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