Espionagem de jornalista desencadeia crise no serviço secreto alemão 25/04/08

A comissão encarregada de supervisionar o Serviço Federal de Informações criticou com severidade o procedimento do órgão em relação ao caso Koelbl. A lista das regras infringidas é considerável.O Grêmio Parlamentar de Controle (PKG), atualmente composto por nove deputados alemães, tem como atribuição supervisionar o Serviço Federal de Informações (BND), o Departamento de Defesa da Constituição e o Serviço Militar de Contra-Espionagem (MAD) da Alemanha, conferindo se estes se atêm às funções que lhe cabem por lei.A mais recente causa de irritação é o escândalo em torno da violação da correspondência eletrônica de Susanne Koelbl, jornalista da revista Der Spiegel no Afeganistão, perpetrada pelo BND. A situação é tão grave, que, contrariando os seus hábitos, o grêmio se reuniu duas vezes seguidas, na quarta e na quinta-feira (24/04).Como sempre, a sessão se deu atrás de portas fechadas e acusticamente isoladas, no subsolo do prédio do Bundestag (câmara baixo do Parlamento), em Berlim. Ernst Uhrlau, presidente do BND desde fim de 2005, teve que se submeter ao furioso interrogatório de deputados de todas as facções.BND: Estado dentro do Estado?As respostas parecem ter sido tudo, menos satisfatórias. Em seu comunicado, o Grêmio Parlamentar acusa o Serviço de Informações de "violação considerável dos direitos fundamentais" da jornalista alemã. O fato de ela não ser nem a razão nem o alvo da investigação pelo BND só agrava este julgamento.Na realidade, o serviço secreto visava a correspondência eletrônica do ministro afegão do Comércio e Indústria, Amin Farhang, em cujo disco rígido os agentes do BND instalaram um aplicativo-espião, um dos chamados "cavalos de Tróia".A comissão de controle "condena o fato de nem a direção do BND, nem o governo federal haverem informado o PKG sobre este procedimento". Isto abalou a relação de confiança entre o grêmio e a direção do Serviço de Informações.Segundo o vice-presidente do PKG, o liberal-democrata Max Stadler, desta forma o BND ameaça se transformar no "Estado dentro do Estado". "A liderança da Casa está aí para cuidar que o BND respeite os direitos fundamentais durante as suas operações. É altamente preocupante o presidente não saber absolutamente nada sobre atividades questionáveis", declarou à DW-RADIO.


1 Comments:
At 4/25/2008,
Sobranie Cigarettes said…
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