Depois do degelo,a exploração:a quem pertence o Ártico? 27/05/08


Embora autônoma, a Groenlândia é parte do Reino da Dinamarca. Isto explica a vizinhança dinamarquesa do Ártico, cujo degelo ocorre mais rapidamente do que previsto nos modelos das mudanças climáticas.O aquecimento global permitiria uma prospecção mais fácil das reservas minerais da região polar. Cientistas americanos calculam que nela se encontra um quarto das reservas mundiais de petróleo e gás natural.No Ártico, não existe terra. Há somente gelo e água. A conferência na Groenlândia pretende discutir a quem pertence esta água gelada, que segundo prognósticos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) poderá, até o final deste século, derreter durante o verão polar.

Mas depois que, no ano passado, um parlamentar russo fincou de um submarino uma bandeira de titânio do seu país sob o Oceano Ártico a mais de 4 mil metros de profundidade, nações com pretensões no continente ficaram mais atentas à questão.Até agora, tais países têm os direitos exclusivos de exploração somente dos recursos naturais encontrados dentro das 200 milhas de águas territoriais. Assim determina a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Um Estado pode, no entanto, estender parte destas pretensões para além das 200 milhas.


A discussão em torno da posse do Ártico deverá durar ainda várias décadas, afirma Proelss. Muitos especialistas e parte da mídia não acreditam em soluções pacíficas para a questão e falam de uma nova "Guerra Fria". Alexander Proelss descarta, no entanto, tal possibilidade."Não vejo perigo de uma nova Guerra Fria, porque o limite das diversas esferas de interesse é canalizado, por um lado, pela Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU, por outro, pelo compromisso de cooperação dos Estados vizinhos do Ártico e, em terceiro lugar, pelo trabalho de diversos órgãos, como o Conselho Ártico", explica Proelss.

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