EUA disparam míssil sobre satélite espião 16/02/08
1984 Soviet Parade - Crimson Tide
http://br.youtube.com/watch?v=NeoIHxSaEaU&feature=related
Por ordem do Presidente Bush, foi tomada a decisão de abater um dos seus satélites espiões, tendo sido invocada a justificação do perigo potencial que representa o combustível ainda contido a bordo do satélite, cuja trajectória está actualmente fora de controlo.Artigo de Rui Curado Silva, investigador no Departamento de Física da Universidade de Coimbra.Apesar da escassa informação que chega à opinião pública sobre satélites espiões, até ao presente, pelo menos 14 países lançaram para o espaço este tipo de satélites: EUA, Rússia, China, Reino Unido, Alemanha, França, Índia, Irão, Iraque, Israel, Itália, Japão, Coreia do Sul e Egipto. O satélite espião a abater é um satélite americano com uma massa de cerca de uma tonelada e do tamanho de um autocarro de passageiros. Segundo informações transmitidas, o satélite tornou-se incontrolável logo após o seu lançamento em Dezembro de 2006 e se nada for feito deverá despenhar-se na superfície terrestre dia 6 de Março. Actualmente, o seu depósito de combustível contém ainda cerca de 500 kg de hidrazina. A hidrazina é um combustível utilizado em missões espaciais, mas é também um produto tóxico que disperso na atmosfera e inalado tem efeitos nocivos sobre pulmões e tecidos. No caso do acidente do vaivém Columbia, o seu depósito de combustível reforçado com titânio chegou quase intacto ao solo quando a nave se despenhou no Texas em 2003. Na altura, a hidrazina não representou qualquer perigo para as populações dado que a missão tinha atingido o seu termo e o depósito de combustível da Columbia estava praticamente vazio no momento do acidente. Segundo as escassas informações fornecidas sobre o satélite espião, o seu depósito de combustível é igualmente reforçado a titânio, logo com menor probabilidade de explodir aquando da entrada na atmosfera, queimando deste modo a hidrazina e eliminando o perigo de toxicidade.
O satélite espião será abatido pela Marinha Americana através do disparo de um míssil balístico SM-3 (Standard Missile 3). Curiosamente este míssil foi desenvolvido exclusivamente para abater ogivas inimigas em trajectórias de baixa altitude, tendo sido ligeiramente modificado nas últimas três semanas para atingir um alvo descrevendo uma trajectória a altitudes mais elevadas.Apesar de o administrador da NASA Michael Griffin, chamar a atenção para a legitimidade da acção, que requer a notificação púbica exigida pelos tratados, existe uma enorme desconfiança de que este seja apenas um pretexto para realizar um teste de defesa anti-míssil. Alguns dos maiores especialistas mundiais na matéria, como Marc Pircher do CNES, exprimem fortes reticências à real perigosidade do satélite espião para as populações. Dois acontecimentos reforçam a ideia do teste anti-míssil: a vontade dos EUA em instalar um sistema anti-míssil da Europa e o teste militar de destruição de um satélite realizado pela China há cerca de um ano. Embora os testes anti-míssil não sejam novidade - EUA e a URSS realizaram testes deste tipo durante os anos 80 - teme-se que estejamos a assistir de uma forma encapotada ao início de uma nova corrida ao armamento, por um lado respondendo ao teste realizado pela China e por outro transmitindo uma mensagem à Rússia sobre a operacionalidade do sistema anti-míssil que os EUA pretendem instalar na Europa de Leste.
http://br.youtube.com/watch?v=NeoIHxSaEaU&feature=related
Por ordem do Presidente Bush, foi tomada a decisão de abater um dos seus satélites espiões, tendo sido invocada a justificação do perigo potencial que representa o combustível ainda contido a bordo do satélite, cuja trajectória está actualmente fora de controlo.Artigo de Rui Curado Silva, investigador no Departamento de Física da Universidade de Coimbra.Apesar da escassa informação que chega à opinião pública sobre satélites espiões, até ao presente, pelo menos 14 países lançaram para o espaço este tipo de satélites: EUA, Rússia, China, Reino Unido, Alemanha, França, Índia, Irão, Iraque, Israel, Itália, Japão, Coreia do Sul e Egipto. O satélite espião a abater é um satélite americano com uma massa de cerca de uma tonelada e do tamanho de um autocarro de passageiros. Segundo informações transmitidas, o satélite tornou-se incontrolável logo após o seu lançamento em Dezembro de 2006 e se nada for feito deverá despenhar-se na superfície terrestre dia 6 de Março. Actualmente, o seu depósito de combustível contém ainda cerca de 500 kg de hidrazina. A hidrazina é um combustível utilizado em missões espaciais, mas é também um produto tóxico que disperso na atmosfera e inalado tem efeitos nocivos sobre pulmões e tecidos. No caso do acidente do vaivém Columbia, o seu depósito de combustível reforçado com titânio chegou quase intacto ao solo quando a nave se despenhou no Texas em 2003. Na altura, a hidrazina não representou qualquer perigo para as populações dado que a missão tinha atingido o seu termo e o depósito de combustível da Columbia estava praticamente vazio no momento do acidente. Segundo as escassas informações fornecidas sobre o satélite espião, o seu depósito de combustível é igualmente reforçado a titânio, logo com menor probabilidade de explodir aquando da entrada na atmosfera, queimando deste modo a hidrazina e eliminando o perigo de toxicidade.
O satélite espião será abatido pela Marinha Americana através do disparo de um míssil balístico SM-3 (Standard Missile 3). Curiosamente este míssil foi desenvolvido exclusivamente para abater ogivas inimigas em trajectórias de baixa altitude, tendo sido ligeiramente modificado nas últimas três semanas para atingir um alvo descrevendo uma trajectória a altitudes mais elevadas.Apesar de o administrador da NASA Michael Griffin, chamar a atenção para a legitimidade da acção, que requer a notificação púbica exigida pelos tratados, existe uma enorme desconfiança de que este seja apenas um pretexto para realizar um teste de defesa anti-míssil. Alguns dos maiores especialistas mundiais na matéria, como Marc Pircher do CNES, exprimem fortes reticências à real perigosidade do satélite espião para as populações. Dois acontecimentos reforçam a ideia do teste anti-míssil: a vontade dos EUA em instalar um sistema anti-míssil da Europa e o teste militar de destruição de um satélite realizado pela China há cerca de um ano. Embora os testes anti-míssil não sejam novidade - EUA e a URSS realizaram testes deste tipo durante os anos 80 - teme-se que estejamos a assistir de uma forma encapotada ao início de uma nova corrida ao armamento, por um lado respondendo ao teste realizado pela China e por outro transmitindo uma mensagem à Rússia sobre a operacionalidade do sistema anti-míssil que os EUA pretendem instalar na Europa de Leste.
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