Cúpula de Lima chega ao fim com poucos resultados concretos 17/05/08
Ao fim da 5ª Cúpula da América Latina, Caribe e União Européia no Peru, fica claro: interesses distintos dificultam consenso entre países industrializados e em desenvolvimento.
As metas das 60 delegações da América Latina, Caribe e União Européia foram formuladas com clareza na Cúpula de Lima: combate à pobreza, defesa do meio ambiente e incentivo às energias renováveis. No entanto, explicar como tais objetivos poderão ser atingidos não foi possível aos chefes de Estado e governo presentes no quinto encontro de cúpula entre europeus e latino-americanos. Tão distintos parecem ser os interesses de países industrializados e aqueles em vias de desenvolvimento.Em questões comerciais, os impassem continuam. "Não é sempre fácil negociar, pois os países têm estruturas econômicas muito diferentes. Alguns são muito subdesenvolvidos, outros estão adiante. Por isso precisamos provavelmente fazer propostas flexíveis. E esperamos desses Estados que sejam também flexíveis no futuro. Tem que haver um acordo", comentou Benita Ferrero-Waldner, comissária de Exterior da UE.
Amplos acordos de desenvolvimento e parceria a União Européia selou apenas com os países pobres do Caribe. Durante a cúpula, tanto europeus quanto latino-americanos acentuaram a necessidade de que se combata a pobreza extrema, que atinge 47 milhões de pessoas na América Latina.Metas concretas visando a redução de poluentes não foram definidas durante o encontro em Lima. A UE ofereceu aos países latino-americanos um "pacote de proteção ao meio ambiente", que deverá incentivar programas no setor climático no continente, entre estes eventualmente empréstimos que possam financiar a proteção da floresta amazônica. Apesar dos parcos resultados concretos, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou acreditar na eficácia de tais encontros de proporções gigantescas, como o de Lima, que contou com a proteção de nada menos que 50 mil policiais e soldados.Segundo Merkel, os diversos encontros bilaterais e pessoais são os fundamentos para a criação de uma boa cooperação, além do fato de que a Europa teria cuidado tempo demais da Ásia e pouco da América Latina. "É evidente que a América Latina deposita grandes esperanças na parceria com a Europa. Estamos sendo chamados a corresponder a essas expectativas", declarou a premiê alemã.O presidente venezuelano, Hugo Chávez, aproveitou o palco político em Lima para atacar governos europeus e seus adversários políticos na América Latina, entre estes o presidente colombiano Alvaro Ulribe. Este, por sua vez, acusou Chávez de financiar terroristas na Colômbia.Chávez, que havia comparado Merkel a Hitler antes do início do encontro, pediu desculpas à premiê alemã durante as sessões de fotos dos participantes da cúpula, tendo afirmado não ter tido a intenção de ofendê-la ao compará-la a Hitler. Merkel não respondeu diretamente às observações de Chávez, tendo simplesmente afirmado que "o que importa á consolidar a parceria estratégica, de forma geral, com a América Latina. E todo aquele que contribui de alguma forma para isso é bem-vindo".
Chávez declarou após o encontro que Merkel o teria convidado para uma visita à Alemanha. A delegação alemã presente em Lima revidou com veemência a hipótese do convite aventada pelo presidente venezuelano.Num encontro paralelo à cúpula em Lima, sindicalistas e peruanos de origem indígena protestaram contra a extrema má divisão de renda nos países da América Latina e convidaram os chefes de governo e Estado a visitar uma das favelas da capital peruana, onde vivem mais de dois milhões de pessoas em estado de miséria. Convite que os governantes, como já era presumível, não aceitaram.
As metas das 60 delegações da América Latina, Caribe e União Européia foram formuladas com clareza na Cúpula de Lima: combate à pobreza, defesa do meio ambiente e incentivo às energias renováveis. No entanto, explicar como tais objetivos poderão ser atingidos não foi possível aos chefes de Estado e governo presentes no quinto encontro de cúpula entre europeus e latino-americanos. Tão distintos parecem ser os interesses de países industrializados e aqueles em vias de desenvolvimento.Em questões comerciais, os impassem continuam. "Não é sempre fácil negociar, pois os países têm estruturas econômicas muito diferentes. Alguns são muito subdesenvolvidos, outros estão adiante. Por isso precisamos provavelmente fazer propostas flexíveis. E esperamos desses Estados que sejam também flexíveis no futuro. Tem que haver um acordo", comentou Benita Ferrero-Waldner, comissária de Exterior da UE.
Amplos acordos de desenvolvimento e parceria a União Européia selou apenas com os países pobres do Caribe. Durante a cúpula, tanto europeus quanto latino-americanos acentuaram a necessidade de que se combata a pobreza extrema, que atinge 47 milhões de pessoas na América Latina.Metas concretas visando a redução de poluentes não foram definidas durante o encontro em Lima. A UE ofereceu aos países latino-americanos um "pacote de proteção ao meio ambiente", que deverá incentivar programas no setor climático no continente, entre estes eventualmente empréstimos que possam financiar a proteção da floresta amazônica. Apesar dos parcos resultados concretos, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou acreditar na eficácia de tais encontros de proporções gigantescas, como o de Lima, que contou com a proteção de nada menos que 50 mil policiais e soldados.Segundo Merkel, os diversos encontros bilaterais e pessoais são os fundamentos para a criação de uma boa cooperação, além do fato de que a Europa teria cuidado tempo demais da Ásia e pouco da América Latina. "É evidente que a América Latina deposita grandes esperanças na parceria com a Europa. Estamos sendo chamados a corresponder a essas expectativas", declarou a premiê alemã.O presidente venezuelano, Hugo Chávez, aproveitou o palco político em Lima para atacar governos europeus e seus adversários políticos na América Latina, entre estes o presidente colombiano Alvaro Ulribe. Este, por sua vez, acusou Chávez de financiar terroristas na Colômbia.Chávez, que havia comparado Merkel a Hitler antes do início do encontro, pediu desculpas à premiê alemã durante as sessões de fotos dos participantes da cúpula, tendo afirmado não ter tido a intenção de ofendê-la ao compará-la a Hitler. Merkel não respondeu diretamente às observações de Chávez, tendo simplesmente afirmado que "o que importa á consolidar a parceria estratégica, de forma geral, com a América Latina. E todo aquele que contribui de alguma forma para isso é bem-vindo".
Chávez declarou após o encontro que Merkel o teria convidado para uma visita à Alemanha. A delegação alemã presente em Lima revidou com veemência a hipótese do convite aventada pelo presidente venezuelano.Num encontro paralelo à cúpula em Lima, sindicalistas e peruanos de origem indígena protestaram contra a extrema má divisão de renda nos países da América Latina e convidaram os chefes de governo e Estado a visitar uma das favelas da capital peruana, onde vivem mais de dois milhões de pessoas em estado de miséria. Convite que os governantes, como já era presumível, não aceitaram.
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