*(LITERATURA CLANDESTINA REVOLUCIONÁRIA)*MICHEL FOUCAULT LIBERTE-ME.

VC LEU MICHEL FOUCAULT,NÃO?ENTÃO O QUE VC ESTÁ ESPERANDO FILHO DA PUTA?ELE É A CHAVE DA EVOLUÇÃO DOS HUMANOS.HISTORIA DA LOUCURA,NASCIMENTO DA CLINICA,AS PALAVRAS E AS COISAS,ARQUEOLOGIA DO SABER,A ORDEM DO DISCURSO,EU PIERRE RIVIÉRE,A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS,VIGIAR E PUNIR,HISTORIA DA SEXUALIDADE,EM DEFESA DA SOCIEDADE,OS ANORMAIS...EVOLUÇÃO OU MORTE!

Tuesday, September 26, 2006

revista Time entrevista hugo chavez




O som e a fúria Por Tim Padgett, revista Time http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1538296,00.html Porque é que ataca o presidente George W. Bush com uma linguagem tão áspera? Acredito que as palavras têm grande peso, e eu quero que as pessoas entendam exactamente o que eu quero dizer. Não estou a atacar o presidente Bush; estou simplesmente a contra-atacar. Bush tem estado a atacar o mundo, e não só com palavras - com bombas. Quando digo estas coisas, acredito que estou a falar para muitas pessoas, porque elas também acreditam que esta é a nossa oportunidade de parar a ameaça de um império americano que usa a ONU para justificar a sua agressão contra metade do mundo. O discurso de Bush à ONU soou como se ele quisesse ser o dono do mundo. Mudei o meu discurso original depois de tê-lo lido. Mas a sua retórica - referindo-se a Bush, por exemplo, como um "alcoólico" - não se arrisca a afastar potenciais aliados? Em primeiro lugar, Bush chamou-me pior: tirano, ditador populista, traficante de drogas, só para lembrar alguns qualificativos. Eu simplesmente disse a verdade que as pessoas deviam saber acerca do seu presidente, um homem com um poder gigantesco. Mas isso não é principalmente para consumo doméstico na Venezuela? Não. O autor americano Noam Chomsky, no seu livro [Hegemonia ou Sobrevivência: A Estratégia Imperialista dos Estados Unidos] fala de dois superpoderes nos dias de hoje - um é os Estados Unidos, que quer agressivamente dominar o mundo, e outro é a opinião pública global. Não considero que o que digo sejam ataques pessoais ao presidente Bush - o que eu quero é despertar a opinião pública americana e mundial em relação a ele. Os seus sentimentos sobre Bush reflectem o que pensa também sobre a América em geral? Não. Admiro a América como a nação de Abraham Lincoln, Martin Luther King e Mark Twain, que foi um grande anti-imperialista, que se opôs ao aventureirismo dos EUA na guerra hispano-americana. O senhor fala muitas vezes da ligação entre a política externa dos EUA e o seu apetite por petróleo. Bush quer o petróleo do Iraque, e eu acredito que ele quer o petróleo da Venezuela. A culpa dos preços altos do petróleo é do modelo consumidor dos EUA. O seu consumo imprudente é uma forma de suicídio. O senhor disse recentemente que acredita que a doutrina bolivariana está finalmente a substituir a doutrina Monroe". Porquê? Durante dois séculos, vivemos neste hemisfério um confronto entre duas teses - a Doutrina americana Monroe, que diz que os EUA devem exercer a sua hegemonia sobre todas as outras repúblicas, e a doutrina de Simón Bolívar, que tinha como objectivo uma grande república Sul-americana como contrabalança. Bush espalhou a tese Monroe globalmente, para tornar os EUA a polícia do mundo - se não estás connosco, dizia, estás contra nós. Agora, estamos simplesmente a fazer o mesmo com a tese de Bolívar - uma doutrina de mais igualdade e autonomia entre as nações, mais equilíbrio de poderes. Qual a diferença entre o seu "socialismo para o século 21" e anteriores tentativas para resolver a desigualdade económica da região? Quando fui libertado da prisão [em 1994] e comecei a minha vida política, tomei ingenuamente como ponto de referência a proposta de Tony Blair de uma "terceira via" entre o capitalismo e socialismo - um capitalismo com rosto humano. Agora já não. Depois de observar o fracasso das reformas capitalistas apoiadas por Washington na América Latina, já não penso que uma terceira via seja possível. O capitalismo é o caminho do demónio e da exploração, do tipo de miséria e desigualdade que destrói os valores sociais. Se realmente olharmos as coisas através do olhar de Jesus Cristo - que eu considero o primeiro socialista - apenas o socialismo pode realmente criar uma sociedade genuína. Mas um dos lemas da sua campanha de reeleição é "Contra Chávez, contra o povo". O senhor também parece ter assumido uma postura do tipo "comigo ou contra mim". A diferença é ética e moral. Não ameaçamos ninguém. Esse slogan é simplesmente um apelo a uma reflexão consciente sobre a unidade nacional. Não vamos impô-la bombardeando ou invadindo ninguém. Os críticos observaram que enquanto o senhor tem liberdade para atacar o presidente Bush em solo americano, uma nova lei sobre difamação na Venezuela torna as pessoas sujeitas a processos criminais por calúnia contra membros do governo como o senhor. Esses críticos têm de visitar a Venezuela. Se pensa que Chávez está a intimidar a liberdade de expressão, basta ver a televisão - meu Deus, diabo é a coisa menor que a oposição me chama no ar. A Venezuela pode vir a jogar um papel interlocutor entre o Irão e os Estados Unidos? O senhor e o presidente Bush têm algumas coisas em comum - ambos vêm de um país de cowboys e gostam dos filmes de Clint Eastwood. Prefiro os filmes do Danny Glover. Mas não acredito que haja alguém que possa agir como interlocutor com um líder que se considera o dono do mundo, como Bush. Antes da tentativa de golpe de 2002 contra mim - que Bush apoiou - vários presidentes tentaram ser interlocutores entre Bush e Chávez. Disse: claro, mandem-lhe por favor os meus cumprimentos. Mas descobriram que, com este presidente dos EUA, era perda de tempo. Podia falar com Clinton, mas não com Bush.

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